Em 2012 iniciamos esse site, sem grandes pretensões. Como quatro amigas que desenvolvem seu ministério de ensino em lugares diferentes, pensamos em postar palavras que ministramos, lições de discipulado, dinâmicas que experimentamos, revistas de ministérios que coordenamos anteriormente, indicações de livros e filmes, fotos e outros.
Em 2013 decidimos por convidar outras amigas para nos encontrarmos anualmente, compartilhando nossas histórias, cuidando e sendo cuidadas. O tema do site aponta para a ideia principal do “Encontros e Caminhos”: Um espaço para (re)descobrir a leveza do partilhar, do cuidar e do vivenciar o sagrado”.
Como mulheres no exercício do ministério de cuidar, precisamos ser mutuamente acolhidas com leveza, apoiadas e nutridas. Nosso objetivo é trabalhar com grupos pequenos, cuidando daquelas que cuidam, proporcionando um espaço de amor, de ouvir de Deus, de busca, descanso e renovo. Ao mesmo tempo nosso objetivo é estimular o aprofundamento na Palavra, no ensino, no pensar, incentivar a leitura de bons livros, aprender a orar, a meditar e a confrontar nossa prática de vida.
Esse é um espaço para você chegar e ficar aberta. Cada uma é convidada a pensar em quem você é, onde está, que lugar você ocupa, que papel você desempenha. Você será convidada a se perguntar: está bom como está? é isso mesmo ou tem algo que pode ser diferente? tem outros ângulos que podem ser conhecidos/olhados nas situações que tenho vivido? Deus requer mudança? Enfim, você pode usar esse espaço pra você redescobrir… se redescobrir.
Temos pessoas envolvidas de Minas, Mato Grosso e São Paulo. Em 2014 tivemos o 1º Encontro em Uberlândia; em 2015 em Americana; em 2016 em Uberlândia; em 2017 em Campinas e em 2018 será novamente em Uberlândia nos dias 30/05, 01 e 02/06. Acompanhe o que tem acontecido nesses encontros, acessando o Arquivo “Compartilhando Encontros”, na lateral direita da página.
Se você se identifica com esse espaço, entre em contato conosco, através do e.mail: encontrosecaminhos@gmail.com.
Marisa Duarte
Arquivo da categoria: 2.LEITURAS
Encontrar Significado
O tema do nosso encontro é “Bordando a vida – encontrar significado, ouvir e deixar um legado”.
Porque usamos o verbo “bordar”? O bordado remete à ideia de um risco inicial de onde se quer chegar, e de um trabalho cuidadoso, passo a passo.
E a nossa vida é assim, há uma ideia, há um plano de Deus de onde se quer chegar, e depois há todo um trabalho que vai sendo construído.O nosso viver é um processo de construção no dia a dia. Nesse ir é preciso atitudes, escolhas pensadas; é preciso silenciar e ouvir, perceber significados e deixar um legado.
O que importa não é apenas chegar lá, porque há um lugar pra chegar, mas sobretudo há um jeito de ir, e essa jornada é muito importante.
Hoje, vamos pensar em Encontrar Significado.
“Mantenha os olhos abertos para o Eterno, observem suas obras, sempre atentos aos sinais de sua presença. (Sl 105)
SIGNIFICADO é “Definição”, “Conceito”; e também “Relevância que se dá a algo, apreço, valor, importância”.
Assim, significado está ligado ao que isso quer dizer, e, também, a quanto isso importa.
1. Para encontrar significado precisamos priorizar sempre a vontade de Deus:
Como viver, na prática, a vontade de Deus, cumprindo dia-a-dia o meu chamado?
A bíblia fala da vontade de Deus se referindo a três situações bem diferentes umas das outras:
Decretos: é a decisão de uma autoridade. É um ato soberano.
Se refere às leis da natureza, à volta de Jesus, à morte, à ressurreição, e a coisas já determinadas sobre nossas vidas: “…Cada um de nossos dias escritos e determinados.”(Sl 139); “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a decisão”(Pv); “O que dizes acontece.”(Isaías).
Quanto aos decretos não adianta resistir, e também não cabe a nós fazer acontecer. Mas crer e descansar.
Preceitos: Diz respeito a uma doutrina, mandamento ou ensinamento.
Os preceitos de Deus são aquilo que está escrito. É a forma como Deus quer que vivamos. É a vontade de Deus que vivamos conforme os seus princípios Quanto à essa vontade de Deus (preceptiva) eu preciso conhecer (lendo a bíblia) e aplicar à minha vida.
Direção: A vontade diretiva de Deus são para coisas específicas, que não está decretado, nem prescrito, como: que curso fazer, cidade morar, viagens, etc. Quanto à direção a bíblia mostra duas situações: Uma quando nós consultamos a vontade de Deus e esperamos uma palavra (Davi–II Sm 5:19; I Sm 23:4); e, a outra quando planejamos e agimos em fé, atentos à direção do Espírito (Paulo I Co 16:5-9).
Seja esperando ou agindo não podemos perder de vista o propósito. Precisamos ter senso de propósito. Eu sei que pertenço a Deus, o qual tem planos para minha vida. Sei que há um lugar pra mim na história, que começou no coração de Deus, antes mesmo que eu nascesse. Entender isso dá um significado à minha existência, à minha história. Mas sabemos que a história é feita de momentos; então andar alinhados com Deus não é uma decisão para o ano, mas para hoje, para cada momento.
2. Para encontrar significado precisamos atentar para o conteúdo de cada momento vivido:
Ed René no livro Vivendo com propósitos, diz: “Viver com significado é dar conteúdo a cada experiência.” Não há nada pequeno demais que não tenha conteúdo. Ter conteúdo é não ser vazio de significado. Só vamos encontrar significado na nossa história como um todo, quando atribuirmos significado às partes, aos momentos, ao dia-a-dia.
“A vida é cheia de momentos e lugares”. Pensa nos seus lugares: Você tem percebido significado no que você está vivendo nesse tempo? Você tem percebido significado no lugar onde você está? Pensa no lugar que você ocupa na sua família, no seu trabalho, no lugar que você ocupa na igreja de Jesus Cristo. Você tem percebido significado da sua vida nesses lugares?
O desafio é despertar nossa atenção cada dia, cada manhã; é estar presente, vivendo os momentos, percebendo o ali e o hoje, o aqui e agora.
Alguém disse: “Cada situação da vida é irrepetível, então o significado de cada momento é único, e é objeto de descoberta pessoal.”
(psicanalista vienense Viktor Frankl)
E, Ed René diz: “Se você não descobrir o significado daquele momento, você perde, porque os momentos são transitórios, o sentido irá embora para sempre.”
Precisamos estar atentas para perceber o significado das coisas pequeninas.
Se não ficarmos atentas aos momentos vamos perder muitas preciosas oportunidades. Quem tem senso de propósito não vive distraída. Buscando significado vamos vivenciar as coisas com mais profundidade, tirando dali lições e histórias que podem ser repartidas. Deus disse aos filhos de Israel que tirassem doze pedras do Jordão, onde atravessaram, para que eles tivessem uma história para contar quando seus filhos perguntassem: “O que significa isso?”
3. Pare de correr atrás do vento:
A Palavra de Deus nos convida, em Provérbios, a buscar por entendimento, por significado, e ressalta que essa busca deve ser feita de tal forma como se procura tesouros escondidos. E diz ainda que viver com compreensão vale mais que pérolas e ouro. Nós sabemos que aquilo que é precioso não se encontra na superficialidade. Para encontrar significado é preciso disposição de ir além. Porque viver voltadas para a busca de significado é uma escolha, uma decisão, que requer esforço, atitude, é preciso disciplina.
O termo “Encontrar significado” no tema do nosso Encontro é bíblico, é um chamado à andar na luz, alinhados com o Espírito Santo, que é nosso companheiro, que nos instrui, que vivencia conosco nossos momentos. Por isso, em Provérbios, Salomão nos chama a atenção para a preciosidade disso.
Salomão em Eclesiastes diz: “Apliquei o coração a compreender o sentido da vida, e a perceber o significado de tudo o que acontece debaixo do sol.” Nessa busca de significado Salomão percebe o que vale a pena e o que não vale. Discerne as coisas de valor transitório e as de valor eterno. Percebe o que de fato é relevante e o que é correr atrás do vento. Eclesiastes nos leva a refletir naquilo que temos investido tempo, dinheiro, criatividade; a refletir se as obras que produzimos na nossa correria tem sido apenas palha que o fogo queima ou coisas que permanecem. Nesse processo de “bordar a vida” o que importa é “que tipo de pessoa temos nos tornado”.
A conclusão é:
– Lembra-te do teu Criador
– Andem juntos, porque é melhor serem dois do que um.
– Afasta do teu coração o desgosto e alegre-se no fruto do seu trabalho, Isso em Deus, porque ele diz: “Vi que nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer com sua alma goze o bem do seu trabalho. Porém, vi também que isso vem da mão de Deus, pois apartados desse quem pode comer e quem pode alegrar-se? … e por fim:
– De tudo o que se tem ouvido a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos.
Dione Mendes
Ouvir
Quem sou eu? De onde eu venho? Porque estou aqui? O que posso eu fazer? Para onde estou indo?
“Quem sou eu” é uma pergunta sobre minha identidade.
“De onde eu venho” é uma pergunta sobre minha fonte.
“Porque estou aqui” é uma pergunta sobre meu propósito.
“O que posso eu fazer” é uma pergunta sobre meu potencial.
“Para onde estou indo” é uma pergunta sobre meu destino.
Se eu não sei quem eu sou, quem é minha fonte, qual é o propósito da minha vida, qual é o meu potencial e qual é o meu destino, a minha vida não tem sentido, não tem propósito.
Em Provérbios 19:21 Salomão nos ensina: “Muitos são os planos no coração do homem, mas o desígnio (propósito) do Senhor prevalecera”.
Em outras palavras ele está nos dizendo o que Deus pensa:” Você tem muitas ideias sobre sua vida, mas Eu tenho um propósito”.
Aqui aprendemos três coisas:
- O propósito é mais importante que os planos – antes de fazer planos consulte a mim sobre meus propósitos;
- O propósito é mais poderoso que os planos – o meu propósito prevalece, frusta os planos;
- O propósito vem antes dos planos – o meu propósito foi estabelecido antes dos seus planos. Meu propósito é prioridade.
Mas o que é propósito? É o intento original, a razão pela qual foi criado, o resultado desejado. Deus estabeleceu o seu propósito antes de você existir.
Em Isaías 46:9, o profeta nos lembra a palavra do Senhor: “Lembrem-se das coisas passadas, desde o início faço conhecido o fim antes de começar”.
Qual é o propósito da sua vida?
Para termos a vida abundante que Cristo conquistou para nós, é imprescindível conhecermos o propósito de Deus para as nossas vidas. Quando tenho consciência do propósito de Deus na minha vida, sou livre para tomar decisões e também sou responsável por elas.
Joana D’arc Faria
Abaixo apresentamos um programa de leitura bíblica, do livro “Leiamos a Bíblia” de Carlos José Hernández.
LEIAMOS A BÍBLIA
Só há uma caminho que nos leva ao conhecimento da vontade de Deus: “a transformação do nosso ser”. Romanos 12:1-2
Somos transformados pela ação do Espírito Santo, por meio do nosso encontro diário com a Palavra de Deus.
Por isso estamos apresentando um programa de leitura diária da Palavra, propondo uma liturgia pessoal, um espaço aberto para que Deus fale e fale o que Ele quiser, isto é, fale algo que não pensamos nem imaginamos.
A BÍBLIA EM QUATRO ANOS
O programa foi elaborado com uma quantidade reduzida de leitura. A proposta é que se destine uma média de 20 minutos diários entre leitura, reflexão e oração.
Na leitura de todos os livros, encontramos o sentido completo da iniciativa da Graça.
SENSÍVEIS AO DESEJO DA ALMA:
Este programa enfatiza a importância da “atitude” que desenvolvemos em nosso encontro diário com a Palavra de Deus. Ele propõe gerar uma disciplina, isto é, uma disposição que determine a criação de um hábito.
NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE, NUM ENCONTRO QUE TRANSFORMA:
O encontro diário com Deus durante a leitura de sua palavra, sob a atenta direção do Espírito Santo, transforma todo nosso ser, muda a nossa maneira de pensar, agir e sentir, e gera novas imagens que, por sua vez, configuram novas idéias, desejos, orientações, bem como nossa capacidade reflexiva.
UMA TAREFA MENSAL:
O processo é feito através de anotações diárias e de uma tarefa mensal que organiza as percepções desse “olhar para dentro”.
ELEMENTOS BÁSICOS DA HORA DEVOCIONAL:
1- Lugar e tempo: exclusivos que assegure intimidade com Deus. Nossa intenção é convidar o Senhor a estar conosco e nos dizer a Sua Palavra.
2- Uma bíblia que poderemos sublinhar , apor símbolos e marcas que nos ajudem a memorizar os trechos da leitura que nos tocarem pessoalmente.
3- Caderno e lápis para anotar o processo de transformação que se produz em nós diariamente pelo encontro com Deus. Anotaremos a data e, deste modo, teremos um registro de como o Espírito Santo nos está transformando diariamente, e de que modo nos tornamos conscientes dessa intervenção. As anotações estimulam a lembrança de decisões que tomamos a partir da ressonância produzida em nós por determinado texto, e ajudam a manter-nos firmes em nossas responsabilidades.
DOIS MODOS DE COMPARTILHAR AS EXPERIÊNCIAS DE TRANSFORMAÇÃO
1- Através de encontros semanais de duplas para que possam compartilhar os materiais escritos e suas experiências de transformação;
2- Através de encontros anuais. Nesses encontros, o tema fundamental será a devoção bíblica diária. Atividade que intentará uma forma de busca da presença de Deus e uma expressão de nosso interesse em nos fazer concientes do processo de transformação que se produz em nós.
BUSCA DA PRESENÇA DE DEUS:
1- A data – a leitura diária está preparada de modo a que em quatro anos a mesma passagem possa ser lida novamente no mesmo dia;
2- Os parênteses – são colocados para que se possa registrar a data em que a leitura foi feita. Se, por alguma razão, não se pôde ler a passagem bíblica do dia, ficará para uma oportunidade extra, à parte da porção diária;
3- A passagem – o guia foi elaborado alternando passagens do Antigo e Novo Testamento. Procurou-se dedicar um tempo maior a textos cuja riqueza permite organizar nossas vidas;
4- As notas – são frases curtas, cujo propósito é desenvolver em nós atitudes para a devoção. Não são comentários, mas procuram despertar iniciativas criativas em nosso encontro diário com o Senhor;
5- As avaliações – a cada semestre, os livros lidos são avaliados, assim como as tarefas do mês.
APRENDENDO A DESENVOLVER OS SENTIDOS DA ALMA
Em Jesus, Deus nos transportou para o seu Reino. Nossa identidade como cidadãos do Reino de Deus exige um processo de transformação.
Nesse processo, é fundamental aprender a ver e a ouvir através da fé (aquilo que chamamos de “sentidos da alma ou do coração”).
A leitura da Palavra, no tempo que separamos, é uma das atividades centrais para o desenvolvimento desse processo.
Atraídos pela Graça, somos conduzidos à presença de Deus pela necessidade que emerge de nossas dores, contradições, doenças, paixões, alegrias, êxtases, crises etc. Tudo passa a ter valor na “Tenda do Encontro”.
A REALIDADE INVISÍVEL E INAUDÍVEL
Um modo de aprendizagem nessa realidade invisível é manter-se em silêncio e em estado de solitude(uma atitude voluntária de estar só com Deus).
A busca da solitude é para nós cristãos sinônimo de paz. Ela é disponibilizada a todos através do relacionamento com Deus.
Quando falamos dessa atitude, queremos salientar que a busca de uma vida de discipulado é entender que Cristo oferece para nós um caminho simples e profundo de vida, e o retiro para a conversa a sós com Jesus faz parte dessa longa caminhada.
O TRIVIAL DIÁRIO
Na devocional diária, nossa vida cotidiana adquire sentido: o lar, o trabalho, os amigos, as contradições, as alegrias, os sonhos e a importância de nossa de nossa vida interior, a vida do coração.
Anotando o que acontece quando começamos a sentir o coração, podemos aprender a discriminar os acontecimentos. Nos acamodamos de tal modo e há tanto tempo com a idéia de que tudo permanece igual, que aprendemos a não cuidar de nossa interioridade; desenvolvemos uma crescente falta de discernimento em relação às coisas simples e puras.
O ESPÍRITO SANTO, UMA PRESENÇA ATUANTE EM NOSSAS VIDAS
A transformação que o Espírito Santo provoca em nós é, na maioria das vezes, gradual e silenciosa, como a fermento que leveda toda a massa.
Podemos saboreá-la quando descobrimos que estamos mais pacientes, mais tolerantes, mas perdoadores, mais abertos, mais humildes e, particularmente, quando nossa consciência de pecado se torna mais perceptível.
TORNANDO CONSCIENTE O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
A devocional pretende dar continuidade ao processo de transformação, tornando conscientes as áreas de nossa personalidade onde as mudanças acontecem(sentimentos, relações, expectativas, consagrações, iniciativas etc.) bem como as áreas que resistem ao processo de transformação (rancor, violência, obsessões, fantasias, rigidez, etc.)
Do livro “Leiamos a Bíblia” de Carlos José Hernández
por Joana D’arc Faria
Roteiro de leitura (a publicar)
Deixar um Legado
“Não somos seres humanos que tem uma experiência espiritual,
somos seres espirituais passando por uma breve experiência humana”. (Teilhard de Chardin: teólogo jesuíta e filósofo francês)
Compreendendo nossa Origem:
“O que nasce da carne é carne, o que nasce do Espirito é espirito” (Jo 3:6) Jesus ensinou a Nicodemos que ele era filho de Adão. Mas era também um filho de Deus. Nicodemos, assim como toda a raça humana, era herdeiro da vida biológica de Adão. Mas Jesus estava dizendo que existe outro doador de vida, que não é Adão. Alguém doou vida para Adão, e esse Alguém é também o doador da vida de todos os seres vivos. É a esse Alguém que você deve se vincular. É a esse Espirito que você deve submeter o seu espirito.
Nós, seres humanos, somos orientados biologicamente, trazemos a bagagem genética e todos os registros psíquicos que herdamos dos pais e antepassados. Somos orientados, mas não determinados. Não estamos destinados a repetir histórias. Não somos prisioneiros dessa herança biopsíquica. Podemos nos reinventar. Podemos ser reinventados por Deus. Podemos ser transformados. Podemos ser reeducados pelo Espirito Santo de Deus. Não somos animais irracionais. Somos seres humanos abertos à transcendência.
Nascer de novo é responder sim a essa generosidade divina que reparte a Sua vida conosco. Todo ser humano é chamado a dizer “sim, eu quero, eu quero ir além das possibilidades da vida biológica; eu quero acordar para o mundo espiritual, eu quero a vida do Espirito. Eu quero nascer de novo. Eu quero entrar por essa porta que me abre um horizonte eterno de possibilidades. Eu quero viver com essa consciência de que o meu espirito está vinculado ao Espirito de Deus”. (Ed René Kivitz – Talmidim52)
Esta decisão é crucial para rescreveres a sua história afim de deixares um legado Vivo!
Reorganizando Conteúdos Recebidos:
A Família de Jonadabe: conservaram o que receberam
I Cron. 2:55 = As famílias dos Escribas que habitavam em Jabez foram os tiratitas, os simeatitas e os sucatitas: são estes os queneus, que vieram de Hamate, pai da casa de Recabe.
Jz 1:16 = Os filhos do queneu, sogro de Moises, subiram com os filhos de Judá, da cidades das Palmeiras, ao deserto de Judá, que está ao sul de Arade e habitaram com este povo.
Jonadabe ou Onadabe foi um Escriba, (ensinava o conhecimento de Deus, copiava e interpretava a lei) Descendente de Recabe foi notável reformador, que preservou sua família do álcool e manteve-a numa vida primitiva, para impedir sua corrupção (II Reis 10:15-28)
Jer 35:2,6-10 fala da fidelidade dos Recabitas 250 depois de Jonadabe. O legado de Jonadabe não passou despercebido dos olhos do Criador. Deus os comparou como modelo para exortar o povo hebreu quanto à sua infidelidade às Suas ordenanças –
Que herança espiritual seus filhos passarão aos filhos deles por sua causa?
Princípios/Orações: um legado que nunca morre até realizar o propósito de Deus. Orações Sinceras nunca são perdidas: energia, tempo, amor e anseio são legados cruciais a que Deus responderá. (Apoc 2:2-5)
O Legado de Elias: transferiu o que recebeu
I Reis 19:9-18: a melhor inspiração em horas de desanimo é receber mais responsabilidades das mãos de Deus para ter sua vocação renovada (v.15,16)
I Reis 19:19-21: a escolha de Eliseu por Elias sob a ordem de Deus
II Reis 2:1-15: Lugares de significado ministerial de Elias:
Gilgal: onde existia uma escola de profetas dirigida por Elias – lugar de treinamento/ensino espiritual v. 1 – 4:38-44
Betel: Casa de Deus – lugar da presença divina (temor), de sonhos e revelações – pacto (Gen.28:10-22; 31:13)
Jericó: lugar de conquista – (idade das Palmeiras (Det.34:3) importante pelo tamanho, riqueza e fortalecida com muros altos) Js.2:1; 6:1-21
Jordão: lugar de travessia (Da vi 2 vezes II Sm 17:22,24 19:15-18) (Elias e Eliseu II Rs 2:5-8; 13-15) – lugar de ser curado (II Rs 5:14) – lugar de batismo: Jesus por JB (Mt 3:13-17)
O que estás disposto a fazer a fim de receber o seu legado?
V.9,10: Elias para Eliseu: “Se me vires ser tomado de ti…”, momento de saída desta existência, realidade diária em meio a jornada de caminhos a serem percorridos.
“Uma decisão, tomada por uma pessoa, produz um efeito cascata sobre várias gerações e faz diferença ou para o bem ou para o mal”.
Pense nas seguintes perguntas:
1. Você toma as decisões de hoje considerando seu impacto no amanhã?
2. Quando organiza suas prioridades e forma os seus hábitos você pensa sobre seus filhos, netos, irmãos e sobre o tipo de caráter que eles terão como exemplo ou herdarão de você?
3. Ao gastar seu dinheiro, exibir suas preferências, falar o que pensa ou usar seu tempo, já te ocorreu que você não está fazendo uma escolha para si mesmo?
4. Mas que está fazendo uma escolha que influencia pessoas que te consideram um exemplo?
5. Que você talvez esteja desempenhando um papel importante nas atitudes e observações de uma criança e/ou jovem que você mal conhece, e talvez até mesmo de uma estranha que um dia pode ouvir alguém falar sobre como você era?
Essas são algumas perguntas que se deve ter em mente ao pensar sobre o que vais fazer hoje, em como vais reagir a um dado momento e que tipo de decisões vais tomar para o resto de sua vida. Essas decisões são importantes agora, e sempre serão. Elas são o seu legado!
Legado e herança:
Muitos confundem legado com herança. Herança é o que você deixará quando morrer. Legado você deixa em vida. Legado é uma herança imaterial, aquilo que você entrega às pessoas que estão ao seu redor. É uma transferência de valores como fé, compaixão, gratidão, perseverança, perdão, paciência, amor, etç que são feitos em vida. Seu modo de vivê-las! Trata-se de coisas que ganhamos em viver; presentes que não estão reservados aos feriados e eventos, mas damos ou nos são dados todos os dias com naturalidade, sem alardes ou fogos de artifícios: quando e como conversamos à mesa, na sala de TV, quando reagimos aos conflitos moderadamente, quando falamos ao invés de gritarmos, como investimos o dinheiro, o tempo e o descanso, etc. Todos os dias também, quando voltas do trabalho, deixa um legado na empresa. Quando sais de uma reunião, de uma conversa, do posto de combustível, de um jogo, de um culto ou de qualquer outro lugar, está deixando uma marca: este é o seu legado.
Mas por vezes este legado nem sempre é para o bem do outro. Se perguntássemos às pessoas que estão à sua volta: “Qual é a marca que deixo em suas vidas? Qual seria a resposta?
Moisés:
Esta parecia ser a prioridade de Moises quando já estava perto da Terra Prometida, depois de peregrinar com o povo 40 anos no deserto. Lá estava ele, com 120 anos, chegando ao fim de sua vida e compartilhando as mensagens fundamentais de seu coração naquelas últimas horas com seus amigos (Deut. 28:30). Ele falou sobre legado, sobre herança espiritual e encorajou o povo de Deus a tomar decisões do presente pensando no futuro. Veja Deuteronômio 30:15,26,19
“Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal;
porquanto te ordeno hoje que ames ao Senhor teu Deus, que andes nos seus
caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos,
para que vivas e te multipliques, e o Senhor teu Deus te abençoe na terra a qual
entras a possuir… escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.
Pergunto-me também se eles se perderam em seus pensamentos e visões sobre o futuro quando Moisés apresentou a segunda alternativa: a morte. Coisas horríveis. Efeitos colaterais terríveis de longa duração: miséria, perda do favor divino e insegurança de viver fora da proteção de Deus.
Duas escolhas: vida; morte. E por vezes buscamos a morte (Sl 52:7). Talvez você conheça essa realidade muito bem, e você seja o produto das escolhas imprudentes de seus pais e avós. O legado deixado para você pode ter sido de vícios e desistências, de dívida e falta de perdão, de fracasso e de uma autoestima destruída. Mesmo que eles não desejassem te deixar este tipo de marca, eles o fizeram – sempre que optaram por não tomar suas decisões de forma específica, propositada e consistente com a verdade, tendo em mente o amanhã.
Mas não importa qual legado você recebeu; você pode pensar em novos planos para sua vida. Reestruture as condições; reoriente os pontos e parágrafos. Renomeie os tipos de presentes que pretende dar aos seus. Esta é a sua oportunidade de planejar e deixar um legado novo e diferente. E tudo começa hoje, com as decisões que você vai tomar AGORA. Ainda há tempo.
(Livro “A Resolução de Toda Mulher)
Pense e responda:
1. Você recebeu um legado: de vida ou de morte. Pense sobre o que recebeu e se avalie diante disso.
2. Como você faz suas escolhas e toma suas decisões?
3. Liste as pessoas mais importantes de sua vida, para quem desejas deixar um legado divino.
Lucinete Martins
Tema 4º Encontro
BORDANDO A VIDA – ENCONTRAR SIGNIFICADO, OUVIR, DEIXAR UM LEGADO
Poesia Fran
Encontros e Caminhos Encontros e Caminhos um encontro anual Que nos traz um refrigério, quietude sem igual O Senhor dá a diretiva á Dione, Joaninha, Luci e Marisa Que conduzem com destreza, harmonia e beleza Nesse ano o desafio em … Continuar lendo
Tema
3º ENCONTRO UBERLÂNDIA / 2016 TEMA: “SEMENTES DE ESPERANÇA E ÚTERO VAZIO: POSSIBILIDADES DE CONEXÃO”
conexões saudáveis
Possibilidades de Conexões Saudáveis – Marisa Duarte
A palavra conexão tem andado conosco desde o início do Encontros e Caminhos. Iniciamos o site por termos histórias que ao longo da vida foram se conectando e por um desejo de que outras mulheres se conectassem a nós e umas às outras com suas histórias de vida. Começamos, então, a estudar Henri Nouwen, que traz em seus escritos inúmeras vezes a palavra Conexão e desenvolve esse tema.
A vida é feita de conexões e também de possibilidades. Então pensei nos nossos começos, no início da nossa história, em como a gente se constitui. Não são pensamentos fáceis de se ter… As nossas primeiras conexões não foram feitas por nós mesmas! Elas foram feitas para nós por alguém, por um outro: nossos pais, cuidadores e outros envolvidos… E esse alguém fez como podia e como sabia e, talvez não soube ou não pode possibilitar conexões saudáveis, não soube abrir portas, não soube nos apresentar a vida ou nos apresentar para a vida da melhor maneira.
Temos duas situações que acontecem ainda no útero: uma delas é que lá estávamos conectadas, nutridas, protegidas, alimentadas, aquecidas, embaladas, carregadas e de repente através de um evento chamado parto, perdemos tudo isso. Fomos desconectadas. Nascemos. Tivemos aí nosso primeiro rompimento. E a outra é que quando estávamos nesse lugar, muitas expectativas foram construídas pelos nossos progenitores, desejos foram acalentados e palavras foram ditas a nós ou sobre nós. Que palavras foram essas, que desejos, que expectativas? Muitas delas trouxeram possibilidades de vida, muitas trouxeram peso para a vida…
Podemos pensar no nosso nome: ele foi escolhido para nós… mas, por qual motivo? porque era o nome da avó, mãe, da tia. E esse nome carrega um significado em si mesmo e também o motivo da escolha. E tem também as palavras como: “Ela é uma benção… tão quietinha”… “ela é tão desorientada… parece com a avó…” “Ela é tão responsável… nasceu pra cuidar de mim ou dos irmãos…” “Eu não queria essa gravidez…Isso foi um acidente” “oh! é uma menina…” de novo… ou desejos: “quando ela crescer vai ser professora…aquela que eu não fui…como eu vou ficar orgulhosa dela!” …”Homem nenhum presta…não dependa deles”
Então, além de termos perdido nossa conexão do útero, ainda carregamos expectativas, desejos, sonhos e palavras dos nossos progenitores que esperavam e ainda esperam que realizemos. E assim vamos crescendo… E partindo disso, duas situações possivelmente acontecem: Uma delas é que por causa de termos perdido nossa conexão inicial, passamos a vida tentando possibilidades de nos reconectar, buscamos abraços, carinho, nutrição, embalo, segurança, queremos aquele lugar de volta. Como é bom! Como conforta! Pequenas amostras. Buscamos conexões, buscamos voltar para o útero, para o lugar de proteção, do aconchego, buscamos mais ainda, buscamos voltar pra aquele lugar antes do pecado, a conexão perdida lá no Éden. E a outra é que passamos a cumprir os “mandatos” que nos foram dados. Mandatos são essas palavras ditas e as não ditas, os comportamentos, os desejos, as expectativas dos nossos progenitores/pais/cuidadores, sonhos deles e que projetaram em nós… e que vamos cumprindo pela vida afora sem nos darmos conta disso e ficamos amarrados a eles. E, por vezes, passamos a vida sem viver a nossa própria vida, sem explorar nossas próprias possibilidades.
Eles não tem consciência da maior parte do que fizeram ou falaram e nós não temos consciência da maioria desses Mandatos. Talvez a gente não lembre (ou lembre) de ter ouvido: “É igualzinha ao pai essa menina…oh gênio ruim!”. Eles são inconscientes, mas para quem ouviu, ficou gravado em lugares profundos e influenciam. E isso foi sendo reforçado em nós quando criança à medida que fomos crescendo: a criança pode ser ignorada, desprezada ou ouve: “Boa menina! Papai do céu gosta de menina comportada!”… “Que coisa feia! Não pode brigar! Deus fica triste.” …“Seja boazinha! A mamãe é tão doente, precisa tanto de você! Não saia de perto de mim.” …“Você é burra! Não ouve nada que te falo! É surda? Não te aguento, vai viver com seu pai.”… “Você não presta!”
E a gente vai então tentando responder a essas expectativas. E vai se adaptando e depois, ao crescer, procuramos ambientes semelhantes ao da nossa infância, porque isso nos alimenta e buscamos relacionamentos que se complementam, se encaixam. Por vezes enfrentamos problemas com as conexões… fazemos acordos e não nos desvencilhamos deles… somos adultas, mas não sabemos quem somos, desenvolvemos a vida, mas parece que não é a nossa, ficamos presas lá atrás, não rompemos, não saímos da “caixa”, continuamos meninas ou famintas…
Temos, então, com duas realidades diante de nós. Duas situações lá do início: desconexão e expectativas/palavras/sonhos/desejos dos pais/cuidadores e que trouxeram consequências sobre a nossa vida: busca por reconexão e cumprimento de mandatos.
Meu convite é que você busque um novo olhar sobre isso, sobre o seu passado e decida por uma nova postura no seu presente.
Toda impossibilidade de conexão foi quebrada na cruz e é quebrada na nossa vida no encontro com o Cristo crucificado: seja impossibilidades de conexão com Ele, conosco mesmas e com os outros. Ao abraçar o Cristo ressurreto nós somos reconectadas ao Pai. Essa verdade é capaz de nos fazer livres do peso do nosso passado – esse se torna apenas um lugar de referência e não mais de residência. É possível sermos livres para cumprir ou não os mandatos que estão sobre nós. Cristo veio para nos libertar e apontar um novo caminho…E aqui nesse lugar, o lugar da cruz e da ressurreição, reside todas as Sementes da Esperança. Elas estão todas disponíveis para nós. Deus as disponibilizou. Porém elas são SEMENTES e são SUAS. Não há um fazer, tudo já foi feito – Está consumado! Mas há um processo a ser assumido e vivido. A verdade da cruz e da ressurreição tem o poder de suplantar nossas realidades. Mas é preciso abraçar isso. Sem medo? Não! Com medo, mas com coragem! O medo a gente enfrenta.
Falar de semente fala de um lugar onde reside todo um potencial, toda uma possibilidade, todo “um vir-a-ser”. Falar que essas sementes são SUAS nos lembra que tomar as rédeas da sua vida depois de estar conectada ao Pai, depende de você, trabalhar com essas sementes, depende de você. O Espírito Santo busca útero esvaziado para se conectar às Sementes da Esperança. Vazio não é no sentido de não ter nada, mas no sentido de ser livre para abraçar o novo, no sentido de estar suprido, embalado, protegido, nutrido, com o espaço preparado para ser ocupado, pronto para acolher a semente. Tem espaço a ser preenchido, mas não está vazio. O útero quando vai receber o esperma, ele não está vazio: no útero tem sangue, tem placenta, vasos, músculos… e se faltar algum desses elementos, a conexão ou a gestação vai ter problema…mas também pode ter algo a mais que impeça a conexão…ele pode ter um mioma…Tanto o que falta quanto o conteúdo, podem ser empecilho para receber o novo.
Então esse é o processo que eu preciso viver após a conexão com o Pai: posso ter sofrido rompimentos, pode ter faltado palavras de amor lá no útero, posso não ter sido acolhida o suficiente, posso carregar um nome que não me favoreceu…Mas agora eu tenho novas sementes…são minhas e estão disponíveis…
O que tenho feito com as sementes disponíveis? Quanta percepção você já tem de você mesma, do seu passado q te influencia? Quanto da sua necessidade de conexão comigo mesma e com o outro foi suprida? Quantas conexões saudáveis você estabeleceu que te supre, te nutre e te embala nesse momento? Quem são suas fontes? Você tem revisitado o seu passado elaborando perdas e dores e perdoando quem te feriu? E quanto às expectativas que fizeram? O que fez com isso? O que o seu adulto convertido fez com isso?
Aqui é tempo de lembrar que o meu nome foi escolhido depois de semanas, mas isso não traça meu destino e nem determina o meu futuro. Posso hoje olhar para a minha bagagem, ver tudo, ver o que já não me serve mais, o que está pesando e eu posso (tenho o poder de decidir) ficar com aquilo ou jogar fora…Posso fazer e desenvolver conexões saudáveis a partir do encontro com o Salvador….eu não preciso mais viver sob o poder de uma palavra dita pelos meus pais ou cuidadores…
As sementes que eu recebi não são sementes quaisquer!!! São Sementes geradas a partir do grão de trigo que moído, caiu por terra e morreu, mas que ao ressurgir trouxe sementes capazes de produzir vida.
Hoje há outra Palavra sobre a minha e a sua vida!
Marisa Duarte