Bíblia, sua história e seus princípios

Elaborado por Dione Mendes

O objetivo desta série de estudos é seguir a linha da história bíblica de Gênesis a Apocalipse, para se ter uma visão panorâmica da bíblia.
Cada estudo é contextualizado geográfico, político e cronologicamente. As datas usadas são conforme a “Bíblia na Ordem Cronológica.”
No decorrer da história vai sendo pontuado mais detalhadamente alguns princípios básicos, como: pecado, redenção, revelação, adoração, fé, obediência, ser discípulo, frutificar, e outros; conforme índice abaixo.

ÍNDICE: (Clique no título para ler o estudo)

Antigo Testamento:

Estudo 1: A bíblia
Estudo 2: No Princípio
Estudo 03: A Desobediência
Estudo 04: Pecado Original e Natureza Pecaminosa
Estudo 5: Adão e Cristo
Estudo 06: Abraão – Propósito, Revelação e Adoração
Estudo 07: José – Integridade ao Deus que serve
Estudo 08: Moisés – Aprendendo a andar com Deus em obediência
Estudo 09 Deserto – tratando o coração do povo
Estudo 10: Fé e Atitude
Estudo 11: Juízes, Rute, Samuel – Um chamado, uma resposta
Estudo 12: O Reino – Dependência de Deus
Estudo 13: Os profetas
Estudo 14: A aliança
Estudo 15: Frutificar no exílio
Estudo 16: No cativeiro – Um Deus soberano, um Deus de propósito
Estudo 17: Volta do Exílio – clamando ao Deus que ouve
Estudo 18: Período Intertestamentário

Novo testamento:  

Estudo 01: Jesus histórico e Jesus, o Cristo
Estudo 02: A missão de Jesus entendida no seu batismo e tentação
Estudo 03: É chegado a vós o Reino dos céus
Estudo 04: O significado da morte de Cristo
Estudo 05: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos
Estudo 06: Nascidos de novo, Justificados, Recebidos na família de Deus
Estudo 07: A Palavra de Deus
Estudo 08: Perseverando em oração
Estudo 09: Tentação:
Estudo 10: Sede Santos:

Pesquisas Bibliográficas:

Em breve os próximos estudos do N.T.

Antigo testamento – Estudo 01

ESTUDO 01:

A BÍBLIA:

I – Esboço da História Bíblica:

 Deus criou o homem.  Houve a queda. O pecado separou o homem de Deus e corrompeu toda criação. Deus apresentou o plano de redenção do homem, e o fez chamando Abraão para fundar uma nação, mediante a qual o plano seria executado.
Os descendentes de Abraão viveram como estrangeiros em Canaã e no Egito, de onde foram levados à terra prometida, sob a direção de Moisés, atravessando o deserto e tomando posse da terra de Canaã. Foram ali estabelecidos como a nação de Israel, sob a liderança de juízes, reis, profetas e sacerdotes. 

Encerrou-se o Antigo Testamento, e 400 anos depois nasceu Jesus, o messias prometido, que realizou sua obra, morreu pelos pecados do homem, ressuscitou, e subiu aos céus.
Jesus enviou seus discípulos para contar sua história e apresentá-lo como Senhor e Salvador a todas as nações.

 Assim, o Antigo Testamento descreve uma nação, e o Novo Testamento descreve um homem – Jesus (Deus encarnado).

 A história de toda a bíblia é a história da redenção, por isso Jesus é o centro.

 
II – Estrutura da bíblia:

A bíblia possui 66 livros. Sendo 39 livros do Antigo Testamento e 27 livros do Novo Testamento.
Ela foi escrita por mais ou menos quarenta homens inspirados por Deus, em um período de mais  ou menos 1.600 anos –  de Moisés (Pentateuco)  a  João (Apocalipse)
Esses quarenta homens pertenciam a níveis culturais, sociais e econômicos diferentes. Dentre eles há reis, sacerdotes, pastor de ovelhas, boiadeiro, agricultor, pescadores, médico, teólogo, e outros. Apesar de escrita em estilos variados e em épocas tão distantes, existe uma harmonia entre os 66 livros.  Isso aponta para o fato de que a bíblia foi inspirada por uma mente única.

 Para melhor compreensão do seu conteúdo histórico, apresentaremos os 66 livros da bíblia em oito grupos:
 1.   Os 39 livros do Antigo Testamento:
 Pentateuco:  Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 
Históricos:   Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II    Crônicas,  Esdras, Neemias, Ester. 
Poéticos:  Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.
Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias,    Jonas,  Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e  Malaquias.

2.  Os 27 do Novo Testamento:
 Evangelhos:  Mateus, Marcos, Lucas, João.
 Atos (dos apóstolos)
 Epístolas:   Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João, Judas.
Apocalípse

 III – Bíblia – A Palavra revelada:
 Revelação:    É a exposição da verdade dada por Deus.
Inspiração:   È a  recepção e o registro da verdade, trazendo a revelação escrita.
Iluminação:  È a apreensão e  compreensão da verdade.  Para haver entendimento é preciso iluminação no coração e na mente, dada pelo Espírito Santo.

 “Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para correção e educação na justiça.”    II Timóteo 3:16
 “Desvenda, Senhor, os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.” Salmos 119:18

 Ler:      I Coríntios  2:13     II Pedro 1:21       Hebreus 1:1           I Pedro 1:1

 O vigor de nossa vida espiritual está na proporção exata do lugar que a bíblia ocupa na nossa  vida e em nossos pensamentos.  Faço esta declaração baseado na experiência de 54 anos. Já li a bíblia toda 100 vezes, e sempre com o maior deleite. Cada vez se me apresenta como um livro novo. Considero perdido o dia que não me detive a meditá-la.”   George Müller

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A.T: Estudo 2

ESTUDO 02:

NO PRINCÍPIO: 

 “No princípio criou Deus os céus e a terra.”  Gênesis 1:1 
Gênesis revela o princípio, o Autor e o propósito da vida.                                                                                                                                            
“Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles… Pois Ele falou e tudo se fez; Ele ordenou e tudo passou a existir” Salmos 33:6,9
Do nada Deus fez todas as coisas, e disse: Muito bom!
Ler:     Gênesis 1:1 a 31 e Gênesis 2: 1 a 3

I –    O Criador: 
Uma das primeiras maneiras de identificar Deus é dizer que Ele criou todas as coisas.  Paulo e Barnabé se apresentavam aos pagãos como os mensageiros de um “Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que nele existe.” (Atos 14;15)  E, outras muitas vezes, Deus é assim apresentado, como o “Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe … o Deus que a todos dá vida, respiração e tudo mais.”   Atos 4:24;   17:24,24;     Isaías 45:18;     Apocalipse 10:6
A referência ao “princípio” declara a infinitude de Deus  –  Salmos 90:2     Salmos 33:8,9      Gênesis 1:1
 Deus é infinito. Ele não tem princípio nem fim de dias. Antes de Gênesis 1:1 que fala do princípio de todas as coisas , a Palavra declara: “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus”.  Salmos  90:2 

II.      Os Propósitos de Deus na criação:

1-       Deus criou a terra para ser habitada:
 Os cientistas dizem que a terra é, bilhões de anos, mais antiga que o homem.
A bíblia não fala de datas. Diz apenas em Gênesis 1:1 que “No princípio Deus criou os céus e a terra”. E, depois Gênesis 1:2 começa dizendo que  a terra era ou estava sem forma, vazia, com abismos e trevas… ou seja inabitável.  Deus, então começa a preparar a terra para ser habitada, ou seja, trazendo luz (haja luz!), separando firmamento, terra, águas, fazendo brotar ervas, etc.
Muitos teólogos entendem que entre Gênesis 1:1 e Gênesis 1:2 passaram milhões de anos, por isso nas datações científicas a terra é tão mais antiga que o homem.  Outra teoria possível é que os seis dias de criação, não foram dias de vinte quatro horas, mas longos periodos de milhões de anos, ou ainda que os seis dias foram de 24 horas, e as datações científicas estão erradas.  Há muitas controvérsias sobre isso.  Mas, o que importa é que o relato a partir do verso dois aponta para o propósito de Deus em que a terra fosse habitada.  

2-     Deus criou todas as coisas para sua glória:   Sl.19:1;  139:14     Rm 1:20,21     Jr 10:12     Is.43:7
 A própria natureza manifesta a glória de Deus. O homem redimido manifesta os atributos de Deus. E, trazer à existência todas as coisas a partir do nada, exalta a incalculável grandeza do criador.
“No Princípio criou Deus os céus e a terra” – Gênesis 1:1.   A palavra criar no hebraico é  “Bara” – a qual é citada aproximadamente cinquenta vezes, e sempre tendo Deus como o sujeito da ação, o que sugere que apenas Deus pode, de fato, criar algo (do nada).
A vontade de Deus foi a razão pela qual todas as coisas passaram a existir – “…todas as coisas tu criastes, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.” Apocalipse 4:11 

3-     Deus criou o homem a sua imagem e semelhança  para ser santo, pleno e relacionar com Ele, em perfeita comunhão:
 Gênesis 1:27 a 31    Eclesiastes 7:29
 Deus pôs o homem no jardim do Éden,  e  o abençoou para ser fecundo, encher a terra e ter domínio sobre as  coisas criadas.
Havia  comunhão do homem com Deus e deste com seu próximo.  Deus vinha passear no jardim e conversar com o homem.  
Não havia malícia, nem pecado, nem doenças, nem ervas daninhas… 
Adão e Eva andavam nus pelo jardim, e não se envergonhavam. Não  conheciam o medo, nem a culpa , nem a vergonha. 
Era o paraíso.
O Jardim do Éden significa “lugar de delícias.”  Há um lugar de delícias na presença de Deus. 
Esse era o propósito inicial de Deus apresentado em Gênesis.  E, Ele não abre mão dos seus propósitos. Por isso a bíblia aponta para o retorno ao paraíso (de onde o homem foi expulso, após a queda, conforme veremos no próximo estudo).  
Na nova aliança fala do cumprimento deste propósito de o homem redimido voltar à presença de Deus:
 – Lucas 23: 43 – “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
– Apocalipse 2:7- “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida, que se encontra  no paraíso de Deus.”

A.T: Estudo 3

ESTUDO 03:

A DESOBEDIÊNCIA:
 “O Senhor Deus pôs ali  no jardim toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento, e pôs também  a árvore da vida e a do conhecimento do bem e do mal, e deu esta ordem: De todas as árvores podeis comer livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás porque no dia em que dela  comeres, certamente morrerás.”  
 Deus pôs o homem no jardim do Éden – “lugar de delícias”,  e deu uma ordem: Não comas da árvore do conhecimento do bem e do mal, e, também contou a conseqüência:  “Certamente morrerás.”
 
I-    A origem do pecado e suas conseqüências:   Ler Gênesis  3:1 a 24
 O terceiro capítulo de Gênesis apresenta os pontos chaves que caracterizam a história espiritual do homem, as quais são:  a tentação,  a culpa,  o  juízo  a redenção.
 
1.    Tentação: 
Satanás trabalha por meio de agentes. A serpente foi o agente de Satanás para tentar Eva.  Em apocalipse 12.9  Satanás é descrito como “essa antiga serpente chamada diabo.”
Nota-se a sutileza da serpente – ela torce as palavras de Deus, semeia dúvidas e suspeitas no coração de Eva quanto à retidão e a bondade de Deus.
As sugestões do inimigo abrem caminho para o homem achar “desejável” o proibido, e desobedecer a Deus.  Foi o que aconteceu com Eva. “Vendo que a árvore era agradável aos olhos, e desejável  para dar entendimento, tomou o fruto e comeu.” (Gênesis 3:6 )
 
2.  Culpa:  Gênesis 3:7 e 8
 As palavras da serpente cumpriram-se (v.5), porém o conhecimento adquirido foi  diferente do que esperavam. Em vez de fazê-los semelhantes a Deus, experimentaram um miserável sentimento de culpa, que os  fez ter vergonha e medo de Deus.
O instinto do homem culpado é fugir de Deus.
A nudez física representa a consciência nua, culpada. E, o homem tenta cobrir o seu pecado com desculpas. (vs.12,13)
As primeiras consequências do pecado experimentadas pelo homem foram culpa, medo e vergonha.
 
 3.   Juízo:
Deus é justo. A justiça exige punição. Um crime sem punição é uma injustiça.  Por isso o pecado traz o juízo e a condenação de Deus.
 Ele profere juízo:
– sobre a serpente:  Gênesis 3:14 e 15
– sobre a mulher:  Gênesis 3:16
– sobre o homem e a terra: Gênesis 3: 17 a 19
 Este juízo proferido por Deus mostra as consequências que o pecado trouxe: morte, perda da comunhão com Deus, sofrimento. 
Toda a humanidade e natureza se corromperam.
 
II-         A Redenção:   Gênesis 3:15
 Nos três primeiros capítulos de Gênesis, Deus se revela de três formas, as quais baseiam sua relação com o homem:
1 – O criador que trouxe tudo à existência  –  Cap. 1 
2 – O Deus do pacto que entra em relações pessoais com o homem  –  Cap. 2  
3 – O Redentor que faz provisão para a restauração do homem.  Cap. 3
 A serpente procurou fazer aliança com a mulher contra Deus, mas Deus pôs fim a essa aliança.  “E porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua  descendência e o seu descendente.”
Ou seja, haverá luta constante entre o homem e o poder maligno, mas aquele nascido da mulher – Jesus (Gálatas 4:4) te ferirá a cabeça.  Romanos 16:20
Porém essa vitória não será sem sofrimento.  “E tu lhe ferirás o calcanhar”
Na cruz Jesus foi ferido e morto, mas venceu a morte, e seus ferimentos possibilitaram a cura e salvação da humanidade.  Isaías 53: 3,4,12.

A.T: Estudo 4

ESTUDO 04:
PECADO ORIGINAL E NATUREZA PECAMINOSA:
 
I-    O que é pecado?
 Há alguns termos usados para a palavra pecado na bíblia:
 No Antigo Testamento:
Hata:     errar o alvo
Shaga:   extraviar, desencaminhar por ignorância
Avel:      praticar injustiça e perversidade
 
No Novo Testamento:
Hamartia:   fracassar em alcançar um objetivo, errar o alvo (por isso o estudo sobre a doutrina do pecado se chama Hamartiologia)
– Adikia:        “iniqüidade” – é o mal de um tipo vicioso e degenerado.
  “O pecado é deixar de viver conforme a lei moral de Deus, descrita na Palavra, vivendo uma vida de impureza, de engano, errando o alvo proposto por Deus, que é santidade. É tudo quanto se opõe a Deus.”
 
 II-     O que é pecado original?
 O termo “pecado original” se refere tanto ao primeiro pecado da raça (desobediência de Adão e Eva), como também se refere à natureza corrompida de toda a raça humana como resultado do pecado.
 “O efeito da queda arraigou-se tão profundamente na natureza humana, que Adão, como pai da raça, transmitiu à sua descendência a inclinação para pecar. Essa tendência ao pecado com a qual os homens nascem é conhecida como pecado original”
 Conforme Gênesis 5:3 Adão “gerou um filho à sua semelhança, conforme à sua imagem.”
Ele agora é pecador e geram filhos semelhantes a ele, também pecadores.  Ele foi expulso do Éden , e em consequência toda a humanidade nasceu  fora do Éden, que é o símbolo da comunhão com Deus.
 
 III-  Natureza corrompida:
 A bíblia é uniforme em apresentar os homens como totalmente depravados, corruptos, e incapazes de fazer algo bom aceitável a Deus:
 – “A terra estava corrompida e cheia de violência… e todo desígnio do coração do homem era continuamente mal.”  –  Gênesis 6: 5,11,12.
 – “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe”   Salmos 51:5
– Todo pecador não regenerado é escravo do pecado  –  Romanos 6:17
 – “Não há um justo, nenhum sequer… não há quem buque a Deus, todos se extraviaram e se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem.”  Romanos 3:10-12
– “A inclinação da carne é inimizade contra Deus”   –   Romanos 8:7
–  “…éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”   Efésios 2:3
 Assim ficou a condição do homem após a queda: escravos do pecado, debaixo de maldição,  em trevas  em seu entendimento,  pervertido desde a intenção do seu coração.
Como tamanha malignidade poderia ter comunhão com um Deus Santo? 
Em Romanos 6:23 diz que o salário do pecado é a morte. Assim somente um sacrifício de morte satisfaria a justiça de Deus, e possibilitaria o homem ser resgatado dessa condição, obter um novo coração e voltar a andar com Deus.
Deus preparou o “Sacrifício substitutivo”, o que veremos no próximo estudo.

A.T: Estudo 5

ESTUDO 05:

 ADÃO E CRISTO:

I-   Sacrifício Substitutivo: 
No estudo anterior vimos a deplorável condição do homem por causa do pecado, sua incapacidade de agradar a Deus e sua impossibilidade de relacionar com Ele.
Deus criou o homem para relacionar com Ele, e lhe deu uma ordem.
O homem deve a Deus a guarda dos seus mandamentos (a palavra “deve” vem de dívida).  Todo pecado cometido é contração de uma dívida.  Incapaz de pagá-la, a única esperança do homem é ser perdoado, ou seja, obter a remissão da dívida.
Conforme Romanos 6:23;  “O salário do pecado é a morte…”  Logo, alguém teria que morrer. Por isso Jesus se sacrificou em nosso lugar. Romanos 5:8 – “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Assim Deus preparou o “Sacrifício Substitutivo”.   O sacrifício fala do juízo sobre o pecado, que não poderia ficar impune. Então, o “sacrifício” satisfaz a justiça de Deus.   E, o “substitutivo” mostra o grande amor de Deus.
 
II-    Os efeitos da obra de Adão e da obra de Cristo:
Ler Romanos 5:15, 17 e 18.
Estes versículos fazem um contraste com os efeitos da escolha de Adão e os efeitos da obra  de Cristo.
 “Pois assim como, por uma só ofensa (Adão), veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça (morte de Cristo), veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.”     Rm 5:18
 Os efeitos da escolha de Adão recaíram sobre toda a raça, e da mesma maneira os efeitos da obra de Cristo caem sobre todos aqueles que crêem.  Se há os efeitos benéficos da obra de um só, Jesus Cristo, é porque houve os efeitos negativos da obra de um só, Adão.
 
III-    A escravidão e a  graça:  Ler Romanos  6:17 a 23
Pela fé no sacrifício de Jesus na cruz deixamos de ser servos do pecado, e passamos a ser servos da justiça, filhos de Deus. Uma vez libertos da escravidão do pecado, por sua graça, Deus nos traz de volta à presença e à dependência dele. Ele nos capacita a  vencer a tentação, e nos chama à santificação.
 Em Adão e Cristo se explica a história espiritual do homem diante de Deus:
 – Queda:   É o homem querer ser independente de Deus (eu quero saber por mim  mesmo o que é certo e o que é errado – árvore do conhecimento do bem e do mal).
  – Condenação:   É Deus deixar que o homem viva longe dele.
 Expiação:   É o desviar da ira de Deus para a cruz de Cristo, levando à  reconciliação.
 Reconciliação:  É Deus trazer de volta o homem à sua dependência.

A.T: Estudo 06

ESTUDO 06:

ABRAÃO – Propósito, Revelação, Adoração:

I-        Deus e a história:
 Ler Gênesis 9:18-19
  Depois do dilúvio saíram da arca  oito pessoas: Noé, sua esposa, seus três filhos e noras.  Dos  três filhos de Noé – Sem, Cam e Jafé, surgiram três povos diferentes.
 Abraão é descendente de Sem. (por isso, às vezes os judeus são chamados de semitas).  Em Gênesis 11 descreve a descendência de Sem, chegando a Abraão, no verso 26:  “Terá gerou Abrão, Naor e Harã.”   
 Assim, na nona Geração de Sem nasceu Abraão. (1967 a.C.)  Nessa época os povos haviam se afastado de Deus, construindo a torre de Babel, servindo a outros deuses. O próprio Terá – pai de Abraão era idólatra. (Josué 24:2)  Abraão vivia em meio à idolatria quando Deus se revelou a ele e o chamou.
           
II-     O chamado de Abraão e os propósitos de Deus:
Ler Gênesis 12.1-9
Após a queda do homem, Deus prometeu o salvador. Então Ele planejou formar um povo, ao qual Ele ensinaria seus caminhos, e no meio do qual nasceria Jesus.
Deus começou chamando um homem – Abrão, e lhe fazendo uma promessa: “De ti farei uma grande nação. Em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:1-3
Hoje, mais ou menos 4.000 anos depois, fazemos parte dessa família bendita, através de Jesus, o qual, como homem, nasceu da descendência de Abraão.
 
III-       Revelação e adoração:
Desde Gênesis à Apocalipse conhecemos um Deus que se revela, que se dá a conhecer ao homem.
O homem foi criado para glorificar e adorar a Deus.
Por isso, quando não há revelação no coração do homem sobre o Deus verdadeiro, ou seja, quando o homem não conhece a Deus, através de Jesus, então, ele inventa deuses para si. Há civilizações que adora o sol, a lua, estátuas, pedras, até a vaca, como na Índia.
À luz da história de Abraão, nos textos abaixo, vemos que a resposta do homem à revelação é a adoração. 
 Ler Gênesis 12: 1,7 e 8    e  13: 14 e 18  
 “Disse Deus a Abraão…. apareceu o Senhor a Abraão… E,  …”Ali Abraão edificou um altar ao Deus que lhe aparecera.”
  A revelação de Deus consiste em saber quem Ele é, quem nós somos em Deus, o que Ele requer de nós, e quais são os propósitos através das nossas vidas.
 Assim, quando Deus se revelou a Abraão, Ele falou:
1.    Quem Ele é  – “Eu sou o Deus Todo-poderoso.” (Gênesis 17:1)
2.  Quem seria Abraão – “De ti farei uma grande nação”. (Gênesis 12:2)
3.  O que estava requerendo de Abraão – “Anda na minha presença e  sê perfeito” (Gênesis7:1)
4.  Quais eram seus propósitos– “Em ti serão benditas todas as famílias da terra.”(Gênesis 12:3)
 Deus se revelou a nós.  Ele nos convida a buscar conhecê-lo mais, entender nossa identidade nele, andar na sua presença e cumprir seus propósitos.

A.T: Estudo 07

ESTUDO 07:

JOSÉ –  Integridade ao Deus que serve:

 I-    História:
Vimos que Abraão veio da linhagem de Sem, que era um dos filhos de Noé.
Abraão gerou Isaque, que gerou Jacó, que gerou doze filhos.  Os nomes dos filhos de Jacó, futuramente,  seriam os nomes das doze tribos da nação de Israel.
Abraão, Isaque e Jacó tiveram revelações de Deus, e ensinaram sobre Ele a seus filhos. Deus se revelou, falou e fez promessas aos três.  Muitas vezes Deus é chamado na bíblia de “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.”
Dos doze filhos de Jacó destacaremos José, aquele que foi vendido pelos irmãos aos egípcios.
Quando José, aos 17 anos,  foi para o Egito como escravo,  seu avô Isaque ainda  vivia. (1699 a.C.)
A história de José está em Gênesis do cap. 37 ao cap. 50.
 
II-    Sendo íntegro onde estiver:
José sofreu muitas injustiças e aflições.  Ele foi vendido pelos irmãos por inveja, foi preso injustamente, foi esquecido na prisão.
 (Gênesis 37: 28,36;   Gênesis 39:20;   Gênesis 40:14,15,23)
No entanto, José permaneceu fiel, e Deus esteve com ele na tribulação. Vendido, escravo, preso, mas abençoado de Deus.
José ganhou a confiança de Potifar, que o fez seu mordomo de tudo que tinha; ganhou também a confiança do carcereiro, que o pôs como seu ajudador; e por fim de Faraó, que o nomeou governador do Egito. Isso  porque eles viam nele integridade, vida reta e obediência. Assim Deus era conhecido e glorificado na vida de José.
– “Quem anda em integridade, anda seguro.” Provérbios 10:9
– “…mas os que andam em integridade são o seu prazer.” Provérbios 11:20
– Os justos andam na sua integridade; felizes lhe são os filhos depois  dele.”  Provérbios 20:7
 
III-      Permanecendo na Palavra:
José, desde sua infância ouvia a história de um único Deus fiel, que se revelou e fez uma aliança com seus antepassados, ensinou seus princípios, e lhes disse:  “Anda na minha presença, e sê perfeito.”
Toda a sua história mostra que ele guardou estas palavras em seu coração, e nelas creu.  
Em Salmos 119:11 diz: “Guardei as tuas palavras no meu coração, para não pecar contra ti.”
Em Deuteronômio 29:29 – …”as coisas reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras dessa aliança.”
E, em Deuteronômio 6:6-7 ainda diz: “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, a andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.”
 Deus tem revelado a nós a sua palavra, e nos chamado a andar na sua presença, com integridade, e assim ensinar aos nossos filhos.
José tinha uma esposa pagã, governava uma nação pagã, e viveu num lugar onde se adoravam muitos deuses, e mesmo assim manteve fé e integridade ao Deus de seus pais – ao seu Deus.
 
IV-        Esperando na fidelidade de Deus:
Ler Gênesis 45:4 a 10
Por estas palavras de José vemos que sua vida não foi marcada por murmurações nem por mágoas, mas ele manteve os olhos fixos na fidelidade de Deus.
Em tudo o que aconteceu, apesar da maldade dos irmãos de José, vemos que Deus agiu, movendo todas as coisas conforme o seu propósito. Deus estava ali preparando um povo, que formaria uma nação, a qual seria estabelecida na terra de Canaã, conforme  Ele havia prometido a Abraão.
Espera em Deus, confia, e permanece fiel. Ele governa a sua história!