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Dedico este espaço aos meus alunos, com os quais tenho caminhado a tão pouco tempo, porém, com alegria, entusiasmo e gratidão a Deus;  e, também  com o zelo de continuar aprendendo e ensinando, que são coisas que amo fazer.

Dione Mendes

– História da Teologia – RESUMO CONFISSÕES DE AGOSTINHO

– Angelologia – Resumo aulas

– Teo do NT – Vídeo ” A Prioridade do Discípulo” – Ed René

Teo do NT – Os Evangelhos

Teo do NT – A Teologia em Atos

Teo do NT – As epístolas paulinas

– Aula 01 Geografia Bíblica

 

 

Angelologia:

Levantamento inicial :

Quem são os anjos ? Os anjos são eternos? Alguém já viu um anjo? Acha que é possível hoje? Que diferença você acha que um anjo faz na sua vida?
Cada um tem seu anjo da guarda? A bíblia cita nome de algum anjo? Quais?
Após a queda de Lúcifer, é possível um anjo pecar?

O homem não foi o único ser criado por Deus que tem inteligência, uma personalidade, e que adora a Deus. A bíblia fala de seres invisíveis, celestiais e os chama de anjos, às vezes de filhos de Deus (Jó 1.6; 38.7), exércitos dos céus. A bíblia fala de anjos 275 vezes.

O que são os anjos:

1. Seres criados: Sl 148.2; Nee 9.6 – Não existem desde sempre; tem limites e obedecem ordens
2. São espíritos – Hb.1.14; Cl 1.6 Podem ser vistos em forma humana quando apraz a Deus
3. São seres individuais, com personalidade – Lc.1.19…”Eu sou Gabriel, assisto diante de Deus…”
4. Maiores que os homens: Em força e poder. II Pe 2.11 e Hb 2.7

Quanto ao número: Apc…milhões de milhões e milhares de milhares

Únicos nomes citados: Gabriel (Dn8.16; lc.1.19,25) e Miguel –(Dn 10.21, Jd 6, Apc 12.7)

Tipos: Serafins (Is 6), querubins(Ez, arca, guarda Eden-Gn 3.24), arcanjo( I Ts 4.16; jd 6, apc) . . .

O Anjo do Senhor – Trata-se de Jesus (Teofania)

Ministério/serviço: Protegem; Adoram; Guiam e encorajam; Guerreiam; Instruem; Executam juízo de Deus…
……………………………………………………………………………………..
ORIGEM E QUEDA DE LÚCIFER:

A bíblia fala de um ser maligno, pessoal, que é chefe de outros seres, e que são espíritos. Este fato é claro no Novo Testamento. Porém, quanto à sua origem… existem apenas dois textos que indica criação e queda de Lúcifer, e fala de forma um pouco indireta, é preciso um leitura atenta.
Num primeiro momento esses textos é uma mensagem para o rei de Tiro e o rei de Babilônia…
Ezequiel 28.1-6 e 12-17 – Rei de Tiro e Is 14:11-15 (Rei da Babilônia)

UM PARALELO ENTRE EZEQUIEL 28 E ISAÍAS 14:
• Ez.v.2. Visto que se eleva o teu coração, e dizes: eu sou Deus, na cadeira de Deus me assento…e Isaías 13 e 14 …”eu subirei aos céus
• Ez. v.12 e 13…perfeição, formosura, brilho e Is. 14.12…estrelada manhã, filho da alva”…
• Ez 28.17 e Is.14.12- Lancei-te por terra… (FALAM DO MESMO SER)

O TEXTO DE EZEQUIEL NÃO SE DIRIGE SIMPLESMENTE A UM ANJO:
• 13: “Estavas no Èden…”
• 14: “Eras Querubim da guarda… trata-se de um anjo.”
• 15: “Perfeito eras… desde o dia em que fostes criado,até que se achou iniquidade em ti.”
Aqui fala de um ser criado em perfeição, com muita formosura, brilho e extremamente sábio… que corrompeu-se pelo orgulho, soberba, por querer ser igual a Deus, sendo por isso condenado.

COMPARAÇÕES COM TEXTOS DO NT:
SOBERBA: II ts.2.3-4 (falando do anticristo – “homem da iniquidade assenta no santuário de Deus, como se fosse o próprio Deus”); e I Tm 3.6 (P/q não se ensoberbeça e caia na condenação do diabo) e II Co 11.14 – Satanás se transforma em anjo e luz…
QUEDA: Jd 6 (guardado em trevas em algemas p/juízo) ; II Pe 2.4 (Deus não poupou anjos que pecaram, lançando-os…) Ap 12.7-9 (houve peleja, não prevaleceram, e nem mais se achou o s/ lugar no céu. Foi expulso o dragão, antiga serpente, que é o Diabo. Ap 12.4 fala que ele levou consigo 1/3 das ”estrelas”.
Reunidos estes dados vemos que os textos de Ez 28 e Is 14 falam de Satanás – Um ser maligno que foi criado perfeito-anjo de luz…mas que caiu, que foi condenado, e a quem o inferno foi preparado.

OS ANJOS DE DEUS: Os anjos que mantiveram fiéis a Deus foram confirmados em santidade, selados, por isso são chamados de “anjos eleitos” e “santos anjos” – santos, pois “separados para” o serviço de Deus.

SATANÁS OPÕE À OBRA DE DEUS:
Acusa o povo de Deus – Ap 12.9-10 Jó 1.6-,9;
Cega o entendimento dos incrédulos – II Co 4.3-4
Tenta impedir a pregação do evangelho – I Ts 2.18
Semeia o joio no meio do trigo – Mt 13:39
Rouba a palavra semeada no coração – Mc. 4.15
Opõe às orações dos santos – Dn 10.12-13
SEDUZ, ENGANA, TENTA (o mundo, a carne, o diabo) Andar na presença de Deus

A BÍBLIA NOS ORIENTA:
Sujeitar a Deus – Tg 4.7; I Pe 5.6
Ser sóbrios e Vigilantes – I Pe 5.8
Resisti ao diabo Tg 4; I Pe 5.9
Esperar auxilio de Deus – Ef 6.7
Revesti armadura – Ef 6.11-13
Orar em todo tempo Ef.6.18
Andar na presença de Deus

O EVANGELHO DE JESUS ABRE O ENTENDIMENTO DO HOMEM PARA O CONVERTER DAS TREVAS PARA A LUZ, DA POTESTADE DE SATANÁS PARA DEUS…A FIM DE RECEBER A REMISSÃO DE PECADOS. AT. 26.18
‘SABEMOS QUE SOMOS DE DEUS E QUE O MUNDO INTEIRO JAZ NO MALIGNO” I João 5.19
“AQUELE QUE NASCEU DE DEUS (Jesus) O GUARDA E O MALIGNO NÃO LHE TOCA” I João 5.18b
“MAIOR É AQUELE QUE ESTÁ EM NÓS DO QUE AQUELE QUE ESTÁ NO MUNDO.”

Abril/2014 Profa.: Dione

Aulas Geografia bíblica

Esutes / Prof. Dione
Aula 01:

Geografia fala de:  Espaço, mapas, mares, terra, pedras, rios, monte, vales, plantas(botânica), arqueologia…
Geografia fala de ESPAÇO com todos estes elementos. Deus criou e ama todas essas coisas; porém há um dos elementos que ocupa o espaço, o qual tem atenção especial de Deus: o homem. É este que Deus fez à sua imagem e semelhança, a quem se revelou, e com quem escolheu ter uma história.
Toda a bíblia cita estes elementos da geografia, especialmente porque aí tem UM MOVIMENTO, uma história . O homem se movimentando no espaço FAZ HISTÓRIA.

O nosso curso propõe uma Geografia Histórica do Mundo Bíblico. A ideia é “colocar um mapa sobre a bíblia”, e ter uma visão panorâmica, captando a linha da história.

I -Esboço da História Bíblica: Deus criou o homem. Houve a queda. O pecado separou o homem de Deus e corrompeu toda criação. Deus apresentou o plano de redenção do homem, e o fez chamando Abraão para fundar uma nação, mediante a qual o plano seria executado. Os descendentes de Abraão viveram como estrangeiros em Canaã e no Egito, de onde foram levados à terra prometida, sob a direção de Moisés, atravessando o deserto e tomando posse da terra de Canaã. Foram ali estabelecidos como a nação de Israel, sob a liderança de juízes, reis, profetas e sacerdotes. Encerrou-se o Antigo Testamento, e 400 anos depois nasceu Jesus, o messias prometido, que realizou sua obra, morreu pelos pecados do homem, ressuscitou, e subiu aos céus. Jesus enviou seus discípulos p/ contar s/ história e apresentá-lo como Sr. e Salvador a todas as nações. Assim, o Antigo Testamento descreve uma nação, e o Novo Testamento descreve um homem – Jesus(Deus encarnado)

Extraído do Site: http://www.encontrosecaminhos.com em Estudo 01 do AT –Discipulado
………………………………………………
A história acima é contada de Gênesis à Apocalipse, porém, ela se desenrolou num cenário geográfico de pequena extensão territorial; cenário este que passamos a percorrer a partir da página 04 da apostila de Geografia Bíblica:

• “BERÇO DAS CIVILIZAÇÕES” E Crescente Fértil – pg. 04 • MAPA 01 – Pg. 04 – As primeiras civilizações (Hidráulicas)

• DESCENDENTES DE NOÉ:
DATA: 2.319 aC Gn. 9:18 -19 – Os filhos de Noé que saíram da arca foram: Sem Cão e Jafé. A partir deles a terra foi povoada. Jafé – Dele procede os povos da região marítima-Ásia menor,Grécia,hoje Europa – Gn. 10:4

Cam – Dele gerou Ninrode –homem poderoso na terra, que dominou a região de Babel, que fundou Nínive. Gn. 10:8-13 Após a dispersão da Torre de Babel, os cananeus, descendentes de Canaã, filho de Cam, ocuparam a região que uma dia Deus daria a Israel.

Sem – Ele foi o antepassado de todos os filhos de Héber. Gn. 10:21b. De sua descendência nasceu Abraão, do qual formou a nação de Israel. O povo de sua descendência é chamado de Hebreus por causa de Héber, e também de semitas (Sem), Israelita (Israel/Jacó) Povo da região da Caldéia. Abraão era de Ur dos caldeus, mesma região da Babilônia.

• TERRA DE CANAÃ – Abraão – pg 11 da apostila
• CHAMADO DE ABRAÃO – pg 11
Aqui começa a história do povo de Israel – Em Gn. 12 -O CHAMADO DE ABRAÃO – “ De ti farei…” e, “Em ti serão…” MAPA 2 – A JORNADA DE ABRAÃO –  Partida para Canaã – 1.892 a C

Momento Arqueologia : • Ur dos caldeus – hoje é o Iraque; e, Harã é a Tuquia • na Turquia ( Harã) descobriu-se que houve ali cidades c/ nomes Serugue e naor(bisavô e avô de Abraão). • Em fins do século dezenove foram descobertas, em Kazaquistão, doze placas de argila escritas em sumério, descrevendo uma grande epopéia heróica: trata-se da primeira narrativa registrada em forma escrita da História: “A Epopéia de Gilgamesh”- a obra mais antiga de todo o planeta (anterior à ‘A odisséia’ – Homero), escrita, aproximadamente, em 2.600 aC. Os sumérios foram os mais antigos habitantes da Mesopotâmia e inventaram a escrita cuneiforme (em forma de cunha). • Pedra de Roseta (foto)Bloco de granito c/inscrições egípcias – um decreto promulgado em 196 aC. São três parágrafos iguais (repetidos). Sendo o 1º. Na lingua hieroglífica(Egito antigo) o 2º em demótico(língua do povo)e o 3º em grego antigo. Descoberta em 1799. Foi usada na construção de um forte na cidade de Roseta, perto do Nilo. Está no Museu britânico

Teologia do NT – Os evangelhos

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO   –   OS EVANGELHOS:

MATEUS Judeus Rei Leão Guerra
MARCOS Romanos Servo Boi Serviço
LUCAS Gregos Homem Homem Rosto no chão
JOÃO Igreja Filho de Deus Águia Lugares altos

Os Evangelhos  Sinóticos são:  Mateus, Marcos e Lucas(Apresentam uma tal semelhança, que, entre eles se pode fazer um paralelo)

Semelhanças e diferenças:   (dados aproximados)

Mateus                              Marcos                     Lucas
330     . . . . . . . . . . . .        330    . . . . . . . .         330      = Versículos idênticos nos três evang
178    . . . . . . . . . . . . .        178  . . . . . . . .                X      = Comuns em Mt e Mc, e não tem em Lc
X       . . . . . . . . . . . .           100  . . . . . . . .           100      =  Vers. Comuns em Mc e Lc, e não em Jo
230     .  . . . . . . . . . . .             X     . . . . . . . .       230     =  Comuns em Mt e Lc  e não em Mc
330      . . . . . . . . . . .               X      . . . . . . .            X      =  Vers. que só existem em Mateus
X . . . . . .  . . . .                        53  . . . . . . . . .            X      =  Só existem em Marcos
X       . . . . . . . . . .  .                 X     . . . . . . . ..        500    =  Só existem em Lucas

O fato de haver 330 versículos idênticos nos evangelhos sinóticos, e mais outros muito semelhantes leva os estudiosos a entenderem que um evangelista usou material do outro nos seus relatos, como Lucas mesmo diz no inicio do seu evangelho:  “Muitos já fizeram relatos do que aconteceu… eu ordenei  os fatos…para que tenhas a certeza do que te foi ensinado.”
Apesar das grandes semelhanças da mesma história, os três evangelhos  foram canonizados (considerados escrituras sagradas). O que justifica é a destinação para povos diferentes. Eles contaram a mesma história, focando fatos, com vistas à necessidade e conforme a cultura de cada destinatário.

A TEOLOGIA DE JOÃO

ESTRUTURA DO LIVRO:

AUTORIA:  João, o apóstolo (21.24). Seu nome significa “graça de Deus”. Era judeu, pescador (Mt.4.21), irmão de Tiago, filho de Zebedeu e Salomé (Compare Mt.27.56 e Mc.15.40). Foi chamado de discípulo amado. São várias as citações a respeito de João nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Seu nome é omitido no seu evangelho (20.2; 19.26; 13.23; 21.2). Encontram-se referências ao apóstolo também em At.4.13; 5.33,40; 8.14; Gl.2.9; 2 Jo.1; 3 Jo.1; Apc.1.1,4,9. Na segunda e na terceira epístola, ele se apresenta como “o presbítero”. Podendo se apresentar como apóstolo, demonstrou humildade ao utilizar título mais simples. Em Apocalipse, apresenta-se como “servo”.

 OBJETIVO – João escreveu para que pudéssemos crer em Cristo e ter vida. O conhecimento conduz à fé em Cristo e este produz vida espiritual e eterna naquele que crê (20.31). Secundariamente, João parecia estar interessado em combater o gnosticismo. Os gnósticos pregavam a total separação entre Deus e a matéria. Diziam que a matéria era má. A partir desse raciocínio, uns reprimiam os desejos físicos, outros os liberavam. Eles negavam a humanidade de Cristo, a encarnação e a ressurreição. A salvação, de acordo com os gnósticos, seria consequência do conhecimento. Criam em anjos e outros seres intermediários para se chegar a Deus. João toma a questão do conhecimento ligado à salvação. Contudo, fala do conhecimento de Deus através do verbo encarnado, Cristo (17.3).

DESTINATÁRIOS – João escreve para o mundo (João 3.16). A palavra “mundo” aparece várias vezes no livro. Nota-se que ele pensa nos não judeus ao dizer “festa dos judeus” – 5.1; 6.4; 2.13; 18.28. Explica o significado de “rabi” e “Messias” (1.38,41), e fala sobre a oposição entre judeus e samaritanos: 4.9. Tudo isso seria desnecessário se seus destinatários fossem especificamente os judeus.

 TEXTO CHAVE – 20.31 – “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome.”

PALAVRA CHAVE – crer
Em João, a revelação da personalidade divina do Salvador que aparece por toda a parte em primeiro plano; aqui nada de parábolas do Reino, mas duas parábolas-alegoricas (o bom pastor e a vinha) relativas a esta revelação. O argumento principal do quarto evangelho, é , com efeito, este: que o Filho de Deus encarnado foi enviado pelo Pai aos homens para lhes revelar e lhes comunicar as riquezas misteriosas da vida divina.

 
RELAÇÃO DE JOÃO COM JESUS :
A relação de Jesus com as pessoas se dava em vários níveis: Ele falava a grandes multidões. Dentre estas, ele separou 82 discípulos (Lc.6.13 – menciona os 12; 10.1 menciona outros 70), muitos dos quais abandonam-no depois (João 6.66). Entre os 82, 12 eram especiais. Tinham uma missão especial. Entre os 12, 11 se destacavam por sua sinceridade.
Dentre os três, João tinha o mais íntimo relacionamento com o Mestre.
-Foi chamado de “o discípulo a quem Jesus amava”. Durante a última ceia, reclinou-se no peito do Senhor (13.25)
-Ouviu e registrou a oração sacerdotal de Jesus (17).
-Foi o 1o a voltar para o acompanhar o Mestre após a sua prisão.
-Assiste o julgamento e a crucificação de Cristo (João 18.16; 19.26).
-Recebe a incumbência de cuidar da mãe de Jesus (João 19.27).
-Foi o 1o discípulo a chegar ao túmulo após a ressurreição (João 20.4).

Devido à sua proximidade constante com o Mestre, alguns relatos do seu evangelho são exclusivos. Em alguns momentos, só ele viu, só ele ouviu, só ele teve informações para escrever.
Seu exemplo deve nos servir como estímulo para uma comunhão íntima com o Senhor, condição essencial para que recebamos suas revelações. Afinal, “revelação” é o significado de “Apocalipse”. E quem poderia tê-lo escrito, senão o próprio João?

APRESENTAÇÃO DE JESUS NO EVANGELHO DE JOÃO:
Jesus é apresentado no quarto evangelho como Filho de Deus. Tal título vai além de Filho de Davi ou Filho do Homem.
Cada evangelho apresenta uma verdade acerca do Senhor e pode também significar pontos de vista que se possa ter sobre sua pessoa. Porém, nenhuma ideia a seu respeito será completa até que ele seja reconhecido como Deus e como Senhor.
O Cristo do quarto evangelho não é essencialmente diferente do Cristo dos sinóticos. Certamente, João sublinha a divindade de Cristo muito mais vigorosamente do que seus precursores.
João enfatiza a pessoa de Cristo e não seus milagres, parábolas ou ensinamentos.
João apresenta Jesus de uma forma bastante rica e diversificada. Utiliza figuras de linguagem, busca conceitos importantes para os filósofos da sua época e também linguagem teológica, o que seria bastante significativo para os judeus. Vemos assim a diversidade de destinatários que o livro alcança. Apresentamos os termos associados à pessoa de Cristo separando por sentido figurado e sentido literal. É interessante que analisemos tudo isso separadamente, apesar de que, em alguns casos, fica difícil dizer a que classe determinado termo pertence.

Apresentação figurada ou conceitual – Ao utilizar termos diversos para se referir a Cristo, o evangelho vai ampliando a revelação cristológica. Isso vai, ao mesmo tempo, aumentando o entendimento de alguns e servindo de choque para outros. (Observe João 6.51-66). Na maioria das vezes, João apresenta Jesus através da citação das próprias palavras do Mestre iniciadas pela declaração “Eu sou” (João 4.26; 8.24,28,58; 18.6). Tal expressão, que nos lembra o nome de Deus dito a Moisés (Êx.3.14), aparece diversas vezes no evangelho. Isto tem sido entendido como um indicativo da divindade de Jesus, que vai se apresentando através de palavras que expressam o suprimento de toda necessidade do ser humano.
Ele fala de conceitos simples, como pão, porta, pastor, e também de conceitos filosóficos como a verdade e a vida. Ele vai tomando ideias já conhecidas e dando-lhes um novo sentido, uma nova aplicação e, em alguns casos, mostrando que ele é o único sentido real para ideias discutidas inutilmente pelos sábios da época. Isso foi um escândalo para muitas pessoas, como não poderia deixar de ser.
João é o mais teológico dos evangelhos, ele tinha uma maneira distinta de expor a vida de Jesus e expressar conceitos teológicos. Tanto no evangelho, como nas epístolas(cartas) ele ensina por contraste. Para enterdermos o evangelho de João, precisamos entender como ele usava esses termos-chaves /dualismo, tanto no evangelho, como nas epístolas. Termos emparelhados (dualismo) usados com frequência: vida/mote; luz/trevas, amor/ódio; crença/descrença, e outros.

* Jesus usou símbolos ligados à expressão EU SOU… para mostrar o que Ele é para a humanidade. Ele é o próprio Deus.
Eu sou…
Imagens simbólicas que Jesus usa para descrever a si mesmo, Eu Sou o pão da vida; Eu Sou a Luz do mundo; Eu Sou o bom Pastor; Eu sou a videira verdadeira; Eu sou o caminho, a verdade e a vida…

TERMO

SENTIDO

REFERÊNC:
Pão Provisão de necessidades, satisfação para a alma. à Jesus nos sustém diariamente     6.35,48,51
Luz Conhecimento. Jesus penetra a nossa alma nos levando à Luz     8.12
Porta Acesso ao Pai, oportunidade, solução, refúgio, saída. Jesus é a única porta segura     10.7
Pastor Orientação, cuidado. Jesus se importa c/ suas ovelhas a ponto de dar sua vida p/elas     10.11
Ressurr Esperança, nova vida à Jesus nos dá um corpo incorruptível     11.25
Vida Novo nascimento, vida espiritual; vida eterna. à Jesus nos dá vida eterna     11.25; 14.6.
Videira Compromisso, comunhão, nossa dependência em relação a Cristo, vida cristã produtiva, crescimento. à Quando a vida de Jesus flui em nós somos frutíferos     15.1
Caminho Desenvolvimento, progresso à Jesus é o único caminho de volta  ao Pai     14.6
Verdade Oposição à mentira. Jesus é a verdade. Conhecemos a verdade andando c/ Ele.     14.6

 
Apresentação literal:

Verbo – Logos – a palavra – Esta expressão fazia sentido tanto para judeus quanto para gregos e cristãos, embora seu significado fosse um pouco diferente ou muito diferente dependendo do destinatário. De qualquer forma, João utiliza o termo centralizando-o na pessoa de Cristo, eliminando assim qualquer entendimento distorcido que o mesmo poderia ter (João 1.1). Observe-se a importância de uma introdução que chama a atenção de vários tipos de leitores, criando interesse para o exame da obra.

Messias – 1.41; 4.29; 11.27; 20.31

Filho do Homem – 3.14; 5.27; 3.13; 9.35; 12.23,34 – João aborda a natureza humana de Cristo, embora este não fosse seu principal objetivo. Ele mostra que o homem Jesus nasceu, viveu na Palestina, bebia água (João 4), se alimentava (João 4), sofreu e morreu (João 19).

Filho de Deus – 1.14,18,34,49 ; 3.16; 19.7; 5.19-29; 11.27;

Jesus é apresentado como Deus (1.1; 20.28; 5.18; I Jo.5.20) – e nos torna filhos de Deus (1.12). Mateus apresentou o divino Rei-Messias. Marcos apresentou o divino servo. Lucas escreveu sobre o divino homem. João foi o mais ousado. Apresentou Jesus como sendo o próprio Deus (João 1.1,18; 10.30,38; 14.10,11; 17.21). Jesus é então mostrado como “objeto de fé”, ou seja, aquele em quem devemos depositar a nossa fé (João 3.16), pois é o próprio Deus.

PALAVRAS E TEMAS EM DESTAQUE:
O Reino: Anúncio do Reino, tema fundamental da pregação de Jesus nos sinóticos, não aparece em João senão uma ou duas vezes: 3:3-5 e também 18:36.
Ele é substituído pelo tema da vida, conhecido aliás já dos sinóticos que estabelecem a equivalência entre “entrar no Reino”  e “entrar na vida” (Mc.9:43  10:17  Mt.18:3  19:17  Lc.18:29-30).
A igreja – é referenciada mas não por este nome. Podemos vê-la no evangelho representada pelo rebanho do Bom Pastor (cap.10), pela videira (cap.15) e pelos próprios discípulos.

Amor – É de João a célebre declaração: “Deus é amor” – I Jo.4.8. É também de sua autoria aquele que, provavelmente, seja o mais conhecido versículo sobre o amor de Deus: Jo.3.16.
O “amor” é um dos temas preferidos do discípulo. Ele fala do amor apesar das perseguições da época e sua prisão em Patmos.
O amor estabelece as relações entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo e também deve ser a base da relação entre os discípulos, ou seja é a base para a igreja. Outros elementos podem estabelecer relações humanas ou com Deus: medo, sentimento de dever, etc. Contudo, o amor é o vínculo desejável. (Jo 13.1,34; 14.21,23,24; 16.27; 21.15-17).
O amor não é algo que flui naturalmente no coração do ser humano, precisamos ter um relacionamento com Jesus e assim conhecermos o que verdadeiramente é o amor incondicional.

Comunhão– É também um tema importantíssimo para João no evangelho, assim como na primeira epístola (João 14.11; 15.4,12; 17.21; I Jo.1.3,6,7). A comunhão ocorre basicamente em 3 níveis:
Comunhão celestial: Comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Comunhão individual com Deus: Ligação entre o céu e a terra; Comunhão entre os discípulos e a trindade, tendo Cristo como elo de ligação..
Comunhão fraternal simbolizando a Igreja (Corpo de Cristo): Comunhão dos discípulos entre si, tendo Cristo como elo de ligação.

Luz – Jo.15-10; 3.19-21; 8.12; I Jo.1.9

João explora a contraposição de conceitos, luz x trevas e outros, conforme se vê no quadro a seguir. Em outras palavras, ele está confrontando a nova realidade da vida em Cristo com o estado pecaminoso do homem.

CONCEITO POSITIVO CONCEITO NEGATIVO ALGUMAS REFERÊNCIAS
Luz (8x) = revelação       Trevas (4x)   João 3.19; I João 1.9
Verdade (17x) – quando está em harmonia com a Palavra de Deus       Mentira (2x)   João 8.32,44;14.6,17;17.17;18.37.
Vida (15x) à recebemos vida quando cremos em Jesus       Morte (6x)   João 11.25
Fé (crer e derivados: 11x) à expressa fé por meio da obediência e amaor ao próximo.       Incredulidade   João 3.16,18

Outros temas:
Novo nascimento – 3.3,5 e 1.12
Conhecimento – 8.55; 14.17; 17.3,7,8,23,25,26
Glória – 1.14; 5.44; 7.18; 8.54; 11.4,40; 17.1,4,5
Obra – 4.34; 5.36; 6.28,29; 8.39; 9.3; 10.25,32,37,38
Sinal – 2.11,18,23; 3.2; 4.48,54; 6.2,14; 9.16
Juízo – 5.22,24,30; 7.24; 8.10,15,26; 12.47-48; 16.8,10,11.
Consolador – João enfatiza mais que os outros evang a pessoa do Esp S. e a trindade como um todo. (7.39; 14.16-17,26; 16.7,8).
 

JOÃO E OS SINÓTICOS:
Alguns Fatos exclusivos – 14 a 17 – discurso no cenáculo. Sem parábolas, sem profecias escatológicas.
Discursos diferentes dos sinóticos. Vinculados aos milagres, explicando-lhes o sentido espiritual.
Os milagres: São relatados oito, sendo seis exclusivos.
Os não exclusivos: Multiplicação dos pães e o andar sobre as águas.
Os exclusivos: transformação da água em vinho, a cura do filho do centurião, a cura do homem que estava enfermo há 38 anos, a cura do cego de nascença, a ressurreição de Lázaro, a pesca maravilhosa.
 
Material só encontrado no Quarto Evangelho (João) e não nos Evangelhos Sinóticos (Mt, Mc, Lc)
. Prólogo (1:1-18)
. Casamento em Caná da Galileia (2:1-12)
. Dialogo com Nicodemos (2:23.3:21)
. Conversa com uma mulher samaritana (4:1-42)
. Cura de um Homem no Poço de Bethesda (5:1-18)
. Novos Detalhes sobre a Alimentação de 5000 (6:1b, 3-6, 8-9, 12b, 14-15)
. Discurso sobre o Pão da Vida (6:22-65)
. [Uma mulher pega em Adultério (7:53.8:11)]
. Dando Visão a um Homem cego de Nascença (9:1-41)
. A ressurreição de Lázaro (11:1-44)
. Lavando os Pés dos Discípulos (13:1-20)
. Na última Ceia Discursa sobre “a vinda do Espírito Santo” e “a Videira e os Ramos” (13:31.16:33)
. O “Discípulo a Quem Jesus amava” (13:23-25; 19:26-27; 20:2-10; 21:7, 20-24; cf. 18:15-16?)
. A Grande Oração Sacerdotal de Jesus (17:1-26)
. Novos Detalhes sobre a Crucificação (19:20-24, 26-28, 30-37, 39)
. Aparecimento ressurreto a Maria Madalena sozinha (20:11-18; cf. Mt 28:9)
. Aparecimento ressurreto a Tomé (20:24-29)
. Aparecimento ressurreto no Mar da Galiléia (21:1-25; cf. Lucas 5:1-11).
O evangelho de João completa os sinóticos. Quando o quarto evangelho foi escrito, os outros já deveriam estar circulando há muito tempo entre os cristãos, sendo, naturalmente, do conhecimento do apóstolo João, o qual não achou necessário repetir o que os outros já tinham escrito. Por isso, seu evangelho vem acrescentar o que faltava nos demais. Os trechos que constituem repetições de conteúdo são poucos e, quando ocorrem, vêm seguidos de um discurso de Cristo que os outros escritores não haviam relatado.

Teologia em Atos

A Teologia em Atos dos apóstolos:
Lucas escreveu uma obra em duas partes: Lucas e Atos. Lc 1:1-4e Atos1:1-2
Atos é a 2ª metade de uma obra composta em duas partes.
Atos recapitula os evangelhos, mas aponta para um novo começo. ABRE O LIVRO e percorra:
Do Cap.1 ao 9 trata do povo judeu, ou do que aconteceu ainda nos termos de Jerusalém – Ressurreição – Envio – Ascensão – Descida Espirito Santo – Escolha de Matias – Discurso de Estevão e Pedro- A morte de Estevão – A conversão de Saulo.
A partir do cap 10 aponta para outros povos – Pedro enviado a Cornélio, Paulo e Barnabé enviados em obra missionária a outros povos…
Prossegue contando a história missionária de Paulo até o cap 20, onde ele é preso e levado à Roma. Do 20 ao 28 é Paulo preso em Roma, completando seu ministério.
Lucas escreveu mais perto do final do 1º século -70 a 90(+ou- 30 ou 40 anos após). Lucas não andou com Jesus. Ele foi companheiro de Paulo em várias viagens…cap. 20:13 – “Nós”
Lucas vive com os cristãos da metade para o final do século, e faz uma retrospectiva da origem da igreja, da experiência dos1os. Cristãos. Paulo, nesse momento que Lucas escreveu o livro. Lucas e Atos,estava preso em Roma, onde morreria. Quando os evangelhose atos são escritos todas as cartas de Paulo já estavam escritas e circulavam nas igrejas. A história de Jesus era contada oralmente. Era necessário mostrar aos cristãos a história desde Jesus até aquele momento.(Para que tenhas certeza das coisas que te foram ensinadas- Lc.1:4)
A abordagem de Lucas extrapola os outros 3 evangelhos, Mt. Mc e João escreveram apenas os evangelhos-coma visão da vida de Jesus que implantou o reino e deixou a promessa de voltar para reinar. Lucas escreveu uma obra tendo a outra em mente: Lc.24:47 e At.15
A teologia de Lucas aponta para a vida eclesiástica da igreja, a qual teria um tempo para cumprir sua missão – levar o evangelho até os confins do mudo. Atos é a história de uma missão. É a narrativa de uma expansão cultural…pg 141 – “Teologia do Novo Testamento de L.Howard Marshall”-Vida Nova
Lucas aponta para a continuidade da obra de Cristo em seus discípulos. Ele aponta para uma comunidade de discípulos de Jesus, que se expande rápido, que reparte o pão, reúne periodicamente, que ora, e se organizam. Enfim, há agora uma associação chamada IGREJA. NADA DISSO HÁ NOS EVANGELHOS. Jesus só cita IGREJA em Mt.16:18-“Tu és.., e em Mt.18:17- qdo o irmão pecar…
ATÉ OS EVANGELHOS,A HISTÓRIA ESTÁ RESTRITA AOS JUDEUS(AT) – aos costumes judaicos, às escrituras sagradas(AT)como livros exclusivo dos judeus, JESUS viveu como judeu, cumpriu a lei, ia ao templo…mas Ele disse: é chegada a hora que o Pai procura adoradores que o adorem em espírito…
VARÕES GALILEUS- ascensão.
E Atosliga os evangelhos ( espera eminente da volta de Cristo) à Paulo (que organiza a igreja, o culto, as assembleias, a ideia de corpo…)
Entãoa teologia em Atos é um desenvolvimento dos evangelhos compreendida num grupo de seguidores de Jesus, que acreditavam que ele atuava no meio deles. Ou seja, ELE VIVE. O Messias prometido já veio, e estabeleceu o reino. O batismo é feito em nome dele, as curas são feitas em nome dele…

A ÊNFASE DA PREGAÇÃO DE JESUS – O reino e o convite
A ÊNFASE DA PREGAÇÃO DOS DISCIPULOS:A experiência da salvação, do arrependimento e perdão. Que faremos? Crê no SenhorJesus, o reino está implantado- venha para o reino. A morte de Jesus te resgata do reino das trevas…
A ÊNFASE DA PREGAÇÃO EM ATOS:Ide por todo o mundo – é a missão da igreja
ISSO PARECE “lugar comum”, mas PENSAR NISSO TEOLOGICAMENTE, estudar a bíblia sistematicamente, é o que o s teólogos fazem… o esmerar, o examinar é bíblico. Porque apalavra sempre gera vida – logo gera atitude e prática… Ousar pensar além…

ESTRUTURA DO LIVRO APONTANDO PARA O SEU PROPÓSITO:
1. O mestre foi exaltado e está a destra de Deus.
2. Os discípulos precisam do poder do Espirito Santo para fazer a obra
3. A ênfase é a missão – testemunhar a ressurreição e o poder do evangelho
4. Lugar dos judeus no plano – retrospectiva nos discursos:
Parousia –essa ideia é abandonada , a volta não é pra já. Os que esperavam ver a volta estavam sendo martirizados.
A ênfase de Atos não é a restauração do reino, é a missão.

Parousia: a volta imediata de Jesus
Há dois discursos em Atos – Pedro e de Estevão. Neles vemos um dos propósitos em Atos, que era tirar a dúvida de que o Jesus de Nazaré era de fato o Messias. Atos 2:32-36 e 3:18-21; e 4:10-12; e, 5:30-32(Pedro) e, 7:51-52,56(Estevão)
SUA REJEIÇÃO PELOS JUDEUS, E SUA MORTE TRAZIA A MUITOS A IDEIA DE FRACASSO. ELES PRECISAVAM SUPERAR O “ESCÂNDALO DA CRUZ” – I Co1:23–escândalo(Judeus) e loucura(gregos)
Ver final dos dois discursos – At.5:31- e At.7:58
Há um novo movimento – os fatos vão acontecendo: Filipe(Etíope), Pedro(Cornélio) Paulo e Barnabé(enviados). Os fiéis em Cirene e Chipre falam espontaneamente de Jesus.
NO AT- Moisés, profetas, vinha o Espirito sobre eles. E,agora o Espirito habita no crente, e nisso vemos o reino em expansão, vemos o governo de Deus sobre a Igreja, operando em indivíduos…

ATOS 20:28- Jesus comprou a igreja com seu próprio sangue.

Pesquisa: “Teologia do N Testamento de L. Howard Marshall” – Ed. Vida Nova