ESTUDO 01:
JESUS HISTÓRICO E JESUS, O CRISTO:
I- História:
A Palestina do século IV a C era uma pequena província dominada pelo Império Romano.
Depois de tantos anos após o profeta Malaquias (400 a C), último livro do Antigo Testamento, muitos dentre os judeus estavam descrentes, revoltados sob o jugo romano; muitos vivendo uma religiosidade sem vida, rigorosamente exigida pelos fariseus; e alguns tementes a Deus, aguardando o Messias.
Havia ainda sacerdotes fiéis fazendo os sacrifícios no templo.
Um dia como os outros, e nos próximos dias que se seguiram, algumas pessoas começaram a receber revelações misteriosas: sonhos, visões, visitas de anjos, a saber:
– Um sacerdote, homem “irrepreensível diante de Deus”, chamado Zacarias, teve uma visita do anjo Gabriel, dizendo que ele teria uma filho – João Batista, o qual anunciaria a chegada do reino; (Lucas 1: 13-17)
– Uma virgem, “agraciada por Deus” teve uma visão do mesmo anjo, anunciando que ela teria um filho– “Ele será chamado Filho do Altíssimo, e seu reino não terá fim.” (Lucas 1 : 26-33)
– José, noivo de Maria, foi visitado em sonhos, para que recebesse Maria, pois o filho que nela foi gerado era do Espírito Santo, e este “salvaria o povo dos pecados deles.” (Mateus 2:20-21)
– Magos do oriente distante, viram uma estrela, e receberam o convite de conhecer o “Rei dos Judeus”, que havia nascido em Belém, de Judá. (Mateus 2:1-2)
– Homens que pastoreavam seus rebanhos à noite, viram a glória do Senhor brilhar ao redor deles, e anjos cantando, trazendo as boas novas: “Hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” ( Lucas 2: 8-11.)
– Simeão, com a promessa que não morreria enquanto não visse o Messias prometido, tomou o menino Jesus nos braços – “Despede, Senhor, em paz o teu servo, pois meus olhos viram a tua salvação.” (Lucas 2:25-30)
– Ana, também viu o menino no templo e profetizava a respeito dele como aquele que seria a “Redenção de Israel” (Lucas 2:36)
II- As Duas Naturezas de Cristo:
Como entender o Filho Do Altíssimo nascido de uma mulher?
É imprescindível as duas naturezas de Cristo no processo de salvação. É importante entendermos a identidade de Jesus como 100% homem e 100% Deus. Sem essa junção não há cristianismo. Não há evangelho.
“A relevância da Cristologia se dá basicamente a partir da questão: Como reconhecer o amor de Deus por intermédio da vida de Jesus de Nazaré?”
1. Jesus, o Cristo:
“Jesus Cristo” não é um nome próprio, onde Cristo é o sobrenome de Jesus. A expressão Jesus Cristo expressa a fé de que Jesus de Nazaré é compreendido e aceito como o Cristo, o Messias prometido.
Muitas afirmações que Jesus fez de si mesmo atesta a sua divindade.
– Eternidade: Ele afirmou que existia eternamente – João 8:58; 17:5
– Perdão de Pecados: Jesus disse que Ele tinha autoridade para perdoar pecados. Os homens podem perdoar uns aos outros, num sentido temporário, mas Cristo oferece perdão eterno – Marcos 2:5-11
– Vida: “O Filho dá vida a quem Ele quer” – João 5:21
– Julgamento: Ele julgará todas as pessoas – João 5:22
Todas essas atribuições acima, somente Deus tem poder e autoridade para fazer.
E, em João 1: 1-14 a divindade de Cristo é declarada de forma muito clara: “No princípio era o Verbo… e o Verbo era Deus.(v. 1) “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós…”(v.14)
2. Jesus histórico:
Mateus e Lucas começa essa história apresentando a genealogia de Jesus. Mateus apresenta 41 nomes selecionados, de Abraão a Jesus. Lucas descreve 77 nomes de Jesus até Adão. Essas são descrições de famílias humanas, da qual Jesus veio fazer parte.
As demonstrações abaixo, também apontam para a perfeita HUMANIDADE de Jesus:
– Ele possuía um corpo humano, que cresceu e se desenvolveu. – Lucas 2:52
– Ele estava sujeito às limitações humanas – meios de locomoção, etc
– Foi tentado – Hebreus 4:15
– Ele se cansou – João 4:6
– Teve fome, sede – Mateus 4:2 Jo.19:28
– Ele chorou – João 11:35
III- O propósito das duas naturezas:
“Deus amou o mundo de tal maneira que enviou seu Filho…” João 3:16
O amor de Deus quer a reconciliação do homem com Ele. A justiça de Deus exige a punição do pecado.
Por isso é preciso ficar claro que para haver “salvação” era absolutamente necessário que o Filho enviado por Deus fosse perfeitamente homem e totalmente Deus.
1. Homem:
Apenas como homem, Jesus poderia:
– Se colocar em nosso lugar, cumprindo a lei por nós, totalmente obediente a Deus, sendo isto contado a nosso favor – Romanos 5:19
– Experimentar todo sofrimento humano, desde a tentação, a vergonha, e cada agonia, até a morte de cruz. – Hebreus 4:15
2. Deus:
Apenas como Deus, Jesus poderia:
– Ser gerado sem a natureza pecaminosa, sendo o único sacrifício que seria aceito por Deus, sem defeito nem mácula.
– Ser o mediador entre o homem e Deus. Apenas Ele poderia chegar junto ao Pai e interceder por nós.
Na morte e na ressurreição de Jesus as duas naturezas se articulam perfeitamente; pelo esvaziamento na cruz, e pela glorificação, ao vencer a morte.(adaptado)
O objetivo principal deste estudo é que as chamadas “novas tendências teológicas” tem negado a divindade de Cristo, defendendo a interpretação “livre” das escrituras. E, conforme o texto “Teses Cristológicas Fundamentais”, uma reflexão bíblico-teológica sobre Cristo se faz necessária, hoje, para que haja discernimento e preservação da sã doutrina do Evangelho de Jesus Cristo.