Campinas – Encontro de Amizade

Linhas de uma blusa são puxadas por uma criança que não quer voltar para casa, pois não querer abrir mão de amigos que acabou de conhecer. “Quero ficar, mãe! Deixa eu ficar!”
D. Maria tece com suas mãos tão habilidosas delicadas flores de linha que se tornam colares, e tecidos que se tornam tulipas, memórias de horas tão preciosas.
Linhas também tecidas revelam que é possível ser chique: “Esse vestido só pode ser importado, queridinha!” (ainda encontra-se mocinhas ingênuas em Campinas).
Uma mulher que vai para casa por uns instantes chorar por suas filhas na certeza que há uma voz do Espírito Santo sobre elas que irá se cumprir e que não falhará.
A mesa posta o tempo todo, que aconchego! mas o sabor e o cheiro da bondade estava de uma maneira muito especial na canjicada.
Não poderia faltar uma missionária em suas idas e vindas para nos lembrar quem somos, nem uma árvore em forma de gente (ou seria uma gente em forma de árvore?) para falar com suas atitudes e palavras que quando pensamos que já foi tudo, pode ainda ser pouco.
Quantas histórias! sorrisos e lágrimas que se misturam…assim como nossas vidas foram um dia pelo Pai misturadas. Linhas de cores tão diferentes, mas que tem sido formadas e transformadas em uma linda colcha. É Ele tecendo em nós e através de nós.
Somos, por vezes, vagarosos para discernir a voz do que fala: o número três esteve tão presente enquanto preparava o que falaria nesse “Encontro de Amizade”, nas precisou de uma choromingante voz dizer: “É tudo em trio, não é, gente?”. Susi, Luci e Marisa. Não somos mais somente três missionárias, mas representamos hoje três “povos” que se encontraram por três dias com outros “povos” amigos.
É para sempre. O que o Senhor uniu, não se pode separar.
Marisa Duarte

 

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